terça-feira, 26 de agosto de 2014

Boletim azul no segundo semestre - Suzana Dias


Seu filho está cheio de notas vermelhas? Agora é a hora certa de ajudá-lo a passar de ano. Veja a melhor estratégia para cada perfil de aluno

Nota vermelha em muitas matérias pode significar que o aluno se dedica pouco aos estudos. Por que isso acontece? Quase sempre, porque ele acha que ir à escola, fazer lição  e estudar para as provas é algo muito chato. Há falta de motivação para o saber. "Temos de despertar o interesse no aluno. Quando se aprende a aprender, não se deseja mais outra coisa", diz Camila D'Amico, coordenadora pedagógica do Colégio Graphein, de São Paulo. Listamos alguns perfis de aluno que costumam ir mal na escola e damos dicas para fazê-los pegar gosto de vez pelos estudos.

O preguiçoso

Como ele é: na escola, presta pouca atenção e sente as horas se arrastarem. Chega em casa, deita no sofá e dorme o resto do dia. Reclama muito quando precisa estudar.

O que fazer? Em geral, existe algo por trás da preguiça. Pode ser que ele esteja dormindo menos do que deve. Será que não fica até tarde no computador ou vendo TV? Determine que ele vá para a cama mais cedo. Além disso, faça-o praticar um esporte, o que ajuda a dar mais ânimo. Na hora de estudar, oriente-o a começar pelas matérias de que menos gosta, com a cabeça mais descansada. Quando ele conseguir um trabalho ou uma lição, elogie!

O desorganizado

Como ele é: o material escolar está sempre espalhado pela casa. Tem pouca disciplina e acaba estudando de maneira confusa e sem horário certo. Faz tudo na última hora.

O que fazer? Se seu filho não tem um local definido para estudar, escolha um junto com ele. Depois, organize a mesa. Separe livros, apostilas e cadernos por matéria. Em seguida, providencie uma cartolina e escreva o que ele deve fazer em cada dia da semana, com horários fixos de estudo e de descanso. Entrem num acordo antes, claro. Ao fim de cada dia, você deve checar com ele as atividades foram mesmo cumpridas.

O hiperativo

Como ele é: a agitação faz com que ele não consiga se concentrar nem nas aulas, nem nas tarefas de casa. Tem muita disposição, mas nunca a canaliza para os estudos.

O que fazer? Esse aluno tem dificuldade de ficar muito tempo na mesma atividade. "Os pais devem propor, por exemplo, que a criança estude por meia hora, depois veja televisão pelo mesmo período e, em seguida, retorne às lições, e assim por diante", ensina Rita Rizzo, psicopedagoga da Escola Novo Ângulo Novo Esquema (NANE), de São Paulo. Outra dica é reduzir estímulos que desviam a atenção. Na hora do estudo, nada de celular por perto.

O teimoso

Como ele é: desobediente, insiste em fazer tudo do jeito dele. Na escola, resiste às ordens dos professores. Bate o pé e diz que já sabe a matéria e que não precisa estudar.

O que fazer? A criança rebelde, geralmente, é fruto de uma família que só sabe dizer sim. Ela não aprendeu a ter limites e se nega a obedecer os mais velhos. É hora de dizer não a seu filho e impor sua autoridade. Determine que ele se dedique aos estudos pelo menos uma hora por dia. Ele deve começar pelas tarefas simples e passar para as mais complexas. Não dê colher de chá, peça para olhar os cadernos sempre.

O apático

Como ele é: demonstra-se desinteressado por tudo e acha a escola um saco. Parece não ter vontade de aprender e vai empurrando as tarefas sempre com a barriga.

O que fazer? A falta de motivação para fazer as lições quase sempre é consequência do desinteresse pelos assuntos ensinados. Uma boa ideia é estudar junto com seu filho e acrescentar mais dados ao que ele está aprendendo. Por exemplo: se está estudando os climas do Brasil, comente com ele como é o tempo na região em que vocês vivem. Conte casos antigos, leve-o para visitar museus, alugue um filme sobre o tema... O objetivo é torná-lo mais curioso.

O rueiro

Como ele é: o negócio dele é jogar bola e andar de bicicleta. Chega a matar aula para se divertir na rua. Sentar e estudar é a maior tortura para esse tipo de criança.

O que fazer? Controle de perto a rotina dele. "Os pais precisam estar mais próximos do filho e solicitar à escola o cronograma de trabalhos e provas. Assim fica mais fácil acompanhar o que está sendo feito ou não", orienta Rita Rizzo. Peça também que comuniquem caso o aluno falte às aulas. Depois de checar as tarefas que a criança tem para cumprir, diga que ela só poderá sair quando terminar tudo. E dê hora para voltar.




(texto publicado na revista AnaMaria nº 930- 8 de agosto de 2014)




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