A perda de audição, antes considerada um problema quase exclusivo dos idosos, já atinge muitas crianças e adolescentes por causa do uso excessivo - e indevido - de fones de ouvido. Os primeiros sinais são discretos e, por isso, não costumam ser levados a sério. "Nos últimos cinco anos, o quadro de pacientes mudou consideravelmente. Já cheguei a atender crianças de 10 anos com perda auditiva irreversível, comparável à de alguém de 65 anos", diz o médico Edson Mitre, vice-presidente da Sociedade Paulista de Otorrinolaringologia. Dificuldade para compreender conversas, presença constante de zumbidos nos ouvidos e necessidade de aumentar exageradamente o volume da televisão são alguns dos indícios de possíveis problemas de audição. Conheça, a seguir, os cuidados indispensáveis para quem usa fones de ouvido.
Controle o volume: o recomendável é que a pessoa ao lado não escute a música que você está ouvindo no fone, mas você, sim, consiga ouvir o que ela fala.
Faça intervalos: a cada duas horas de uso, desligue o fone por uma hora.
Fique atento aos sintomas: zumbidos, sensação de ouvido tampado, incômodo constante com ruídos, cansaço, dor de cabeça - se perceber esses sinais, procure um médico quanto antes.
O pulo do gato
Nem todos os fabricantes informam as características abaixo nas especificações do produto, mas elas determinam a qualidade do fone de ouvido.
Curva de resposta em frequência
Representa as variações de amplitude entre as diferentes faixas de frequência sonora reproduzidas pelo fone. Quanto mais constante é a amplitude dessas frequências, melhor é a qualidade dos sons agudos, médios e graves.
Distorção harmônica
É um indicador da fidelidade do fone de ouvido às frequências da música. O ideal é que seja inferior a 0,1%: quanto menor esse indicador, melhor é a qualidade do som. Um fone de má qualidade produz um som metalizado semelhante ao de uma ligação telefônica.
(texto publicado na revista Veja edição nº 2359 - ano 47 - nº 6 - 5 de fevereiro de 2014)
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