Veja como armazenar corretamente os alimentos na despensa de casa e na geladeira para manter os nutrientes e aumentar a durabilidade
Você sabe armazenar corretamente os alimentos que compra? Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 64% de tudo o que é cultivado acaba indo para o lixo. Manter os alimentos frescos requer alguns cuidados, que vão desde a sua escolha, na feira, ou no supermercado, à forma como são armazenados em casa, seja na despensa ou na geladeira. A princípio, parece fácil, mas existem algumas regras básicas e simples que podem ser tomadas para conservar melhor os alimentos e manter o valor nutricional deles.
Pequenos cuidados fazem dobrar o tempo de vida dos vegetais. No caso das hortaliças, por exemplo, é preciso lavá-las muito bem antes de colocá-las na geladeira, diz a nutricionista Tamires Ferreira de Souza, pós-graduada em Segurança Nutricional e Qualidade dos Alimentos pela Universidade Gama Filho. "Assim as hortaliças conservam o frescor e a umidade por mais tempo", completa.
Já frutas, verduras e legumes devem ser colocados em sacos plásticos, transparentes e hermeticamente fechados, na prateleira mais baixa da geladeira, onde a temperatura é um pouco maior, recomenda a nutricionista. Outra dica valiosa é manter todos os alimentos embalados para evitar ressecamentos e contaminação.
"São inúmeros os riscos de contaminação dos alimentos que o consumidor pode evitar ao selecionar o local de compra, ao conservar, manipular e consumir tais alimentos, procurando seguir regras básicas de higiene como lavar as mãos antes de manipular os alimentos", ressalta Tamires.
Além disso, segundo ela, é preciso organizar a geladeira de modo que ela fique o menor tempo possível com a porta aberta, lembrando de mantê-la sempre limpa, sem o acúmulo de gelo para que o frio seja, de fato, efetivo. Tamires completa que os alimentos perecíveis, incluindo também os que não necessitam de refrigeração, precisam, depois de abertos, ser acondicionados em potes plásticos, ou de vidro, com tampa, e de preferência transparentes, para que seja possível enxergar o que há dentro do recipiente.
Com relação aos alimentos que necessitam de refrigeração, como carnes, a nutricionista lembra que estes devem ser separados em pequenas quantidades e congelados, se for o caso, respeitando sempre a data de validade do produto.
"É importante colocar etiquetas com o nome e a data de validade do alimento. Usar embalagens que possibilitem a retirada do ar também ajuda na conservação, visto que a grande parte dos micro-organismos necessita de oxigênio para se reproduzir", ressalta a especialista, lembrando que alimentos temperados tendem a durar menos quando armazenados.
Para os que têm o hábito de descongelar um alimento e depois congelá-lo novamente, os especialistas alertam que essa prática pode ser perigosa. O congelamento, explicam os nutricionistas, não elimina as bactérias que porventura estejam no alimento. Elas apenas ficam como se estivessem hibernando. Quando o alimento é descongelado, essas bactérias se multiplicam com maior rapidez.
"Se 'recongelarmos' esse produto sem que ele sofra qualquer tratamento térmico, a carga microbiana será ainda maior e, quando houve novo descongelamento, essa multiplicação se dará de forma muito mais intensa, podendo torná-lo perigoso ao consumo", completa a nutricionista.
Outra dica: para conservar tomates por mais tempo, passe um pouco de margarina naquele furinho que fica na parte superior do fruto. Mais uma dica: quando não for comer uma fruta inteira, ponha a outra metade dentro de um saco plástico na geladeira e consuma-a em até 48 horas.
Você pode também congelar os legumes frescos. A recomendação feita é antes ferver dois litros de água. Então, mergulhe os legumes inteiros na panela e deixe por apenas cinco minutos. Tire-os da água e enxugue-os bem. Ponha os legumes em um saco plástico no congelador. Assim, eles chegam a durar mais de um mês.
(texto publicado na revista Divino Fogão nº 11 mai/jun/jul de 2014)
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