sexta-feira, 25 de julho de 2014

Câncer pediátrico tem grandes chances de cura - Cecília Maria Lima da Costa


O câncer pediátrico corresponde a um conjunto de inúmeras doenças que ocorrem em crianças e adolescentes. Essas doenças representam menos de 2% de todos os cânceres, mas merecem atenção especial pelo fato de serem uma das causas mais frequentes de óbito na infância e por terem peculiaridades próprias.

O câncer em criança em no adolescente é completamente distinto do que acomete adultos. As células do câncer infantil têm uma semelhança muito grande com as embrionárias, que têm capacidade de se multiplicar muito rapidamente. Por esse motivo, a maioria dos cânceres infantis cresce com velocidade alta e é considerado doença agressiva. Baseando-se nessa característica, embora a causa da maioria dos cânceres pediátricos não seja conhecida, acredita-se que eles ocorrem em consequência de alterações genéticas durante a formação do embrião. Já nos adultos, os produtos do meio ambiente, como poluição, cigarros, certos alimentos, vírus e outros, têm importante papel em sua causa. Outra diferença é o fato que muitos dos cânceres em adultos apresentam uma fase pré-maligna, o que permite fazer prevenção dessas doenças. Crianças e adolescentes não apresentam essa fase, por isso é muito importante fazer o diagnóstico precoce.

Porém, detectar a doença quando ela ainda está em fase inicial não é uma tarefa fácil. A maioria dos cânceres pediátricos apresenta manifestações inespecíficas, ou seja, sinais e sintomas que podem ocorrer em diversos tipos de doenças, que inclusive são bem mais comuns que os cânceres.

Apesar dessas dificuldades, é muito importante fazer o diagnóstico o mais rápido possível, pois isso representará maior chance de cura. Além disso, torna-se possível fazer tratamentos menos agressivos e tóxicos. Estudos têm demonstrado aumento significativo na taxa de cura de crianças e adolescentes, chegando até a 80%. Por isso é importante evitar o máximo possível os efeitos colaterais da doença e do tratamento, assim como trazer uma abordagem terapêutica humanizada para o paciente e sua família.


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