quarta-feira, 30 de julho de 2014

Vai uma piadina? - Sophia Braun


O sanduíche italiano feito de pão achatado com recheios variados entra no cardápio de diversas casas

Nem beirute nem wrap. O sanduíche em alta na cidade tem carregado sotaque italiano. Conhecido como piadina, leva o nome do pão achatado, típico da região da Emilia Romagna, feito de farinha de trigo, água, azeite (ou banha de porco) e sal. De recheio, recebe queijos, frios, embutidos, tomate e ervas. "No norte da Itália, pode ser encontrado em todo canto e custa muito pouco", diz Monica Fasano, sócia da La Bottega Piadina & Vino, em Pinheiros. No endereço aberto em dezembro, a massa cortada em discos é prensada bem fina e assada na chapa sem gordura. "Deve ficar maleável e levemente crocante", explica Monica. Só depois ganha ingredientes, como a combinação de mussarela de búfala, tomate e manjericão (25 reais), o item mais caro do menu.

Embora o lanche ocupe hoje espaço no cardápio de várias casas, conquistar o paladar dos paulistanos não foi tarefa fácil. "No início, ninguém sabia o que era", lembra Juliana Agapito Passaro, sócia do pioneiro La Piadina Cucina Italiana, aberto em 2008, no Itaim. Para surfar nessa onda, o Brera - Il Panino Italiano, no Jardim Paulista, lançou duas opções e planeja a terceira. "Teremos uma versão com presunto cru", adianta o chefe Oliver Kirkham. Esse ingrediente é a estrela do sanduba mais vendido do Piadina Tree, em Moema. A composição, que traz ainda queijo brie e aspargo, custa 27,50 reais e pode ser montada na massa integral por mais 1,50. Com pegada de fast-food, a Piadina Romagnola conta com lojas na Vila Olimpia e no Morumbi Shopping. "Juntas, as duas vendem cerca de 20.000 unidades por mês", contabiliza o sócio Roberto Celidonio.




(texto publicado na revista Veja São Paulo nº 18 - ano 47 - 30 de abril de 2014)




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