Impossível resistir a tanta graciosidade. Mas atenção, eles precisam de cuidados especiais e, claro, muito carinho
Fofos! Não existe definição melhor para classificar a nova geração de pets que ameaçam o reinado de gatos e cachorros no coração dos humanos. Mas se engana quem pensa que, por serem menores, não requerem cuidados especiais. Assim como qualquer bichinho, a calopsita, o mini coelho e companhia precisam de um ambiente adequado e de uma dieta equilibrada para se desenvolver de forma saudável. Antes de decidir por algum deles, entenda as necessidades e particularidades de cada um. O melhor de tudo: quase todos são interativos e capazes de retribuir o carinho recebido.
Calopsita
"São aves interativas", diz o veterinário Erico Rezende da Clínica Pet & Cia., de Taubaté (SP). Um filhote demora de 15 a 20 dias para começar a se acostumar com o dono. "O manejo diário cria confiança", explica Paola Antoniassi, bióloga do Pet Center Marginal (SP).
Média de preço: R$ 135,90 (brava, ou seja, adulta) e a partir de R$ 255,90 (filhote comum).
Nível de gastos: médio. Precisa de uma gaiola, mas o bacana é deixá-la em um puleiro e com espaço para interagir com a casa - e com você!
O que come: ração específica e mistura de sementes. Também pode comer legumes ralados, como cenoura, pepino, beterraba.
Quanto vive: De 10 a 15 anos.
Jabuti
Não é um animal carente. "Ele não vai abanar o rabo para o dono, mas o reconhece", diz a bióloga. Exige um local para andar e procurar comida. Necessita de banho de sol e um gramado é bem-vindo.
Média de preço: R$ 500,00. Para comprar um, informe-se no Ibama sobre os criadores legalizados e autorizados a comercializá-lo. E verifique se a documentação e o envio do animal é seguro.
Nível de gastos: no início é alto, pois precisa de um terrário específico para o animal.
O que come: rações, vegetais e frutas.
Quanto vive: 80 anos.
Porquinho da Índia
No início, são assustados. "Dóceis, às vezes um pouco medrosos, dificilmente atacam", diz Érico. Necessitam de lugares para se esconder, como tocas. Também precisam de brinquedos para estresse e desgaste dos dentes. Sociáveis, se adaptam ao ambiente e aceitam carinho do dono. Por ser comum ter sarna, é importante tomar banhos em lugares especializados.
Média de preço: R$ 64,90.
Nível de gastos: médio. Precisam de gaiolas grandes, pois necessitam de espaço. Quando estiver em casa, solte-o.
O que come: Rações, frutas, verduras e legumes. A vitamina C é importante na alimentação dele.
Quanto vive: 8 anos
Esquilo da Mongólia
Parece muito com o hamster, mas tem rabo. Gosta de companhia e é bacana criá-los em dupla. Além disso, gaiolas com bastante espaço para o animal fazer exercício são super importantes. "Como são construtores, se você oferece feno, eles fazem túneis e caminhas", conta a bióloga. Para deixá-los soltos, uma dica: compre bolinhas de acrílico para colocar os roedores de pequeno porte. Assim, ele pode dar uma volta pela casa sem se perder.
Média de preço: R$ 21,90
Nível de gastos: médio. Pede uma gaiola confortável e acessórios para se exercitar!
O que come: ração, frutas, verduras e legumes.
Quanto vive: de 3 a 4 anos.
Mini coelho
Pode chegar a 40 cm de comprimento e a pesar 3 kg! Ele se adapta facilmente e pode mudar o comportamento quando atinge a maturidade sexual. Por isso, castre-o até os seis meses. O coelho não pode ficar em gaiola, ela serve apenas de dormitório. Ele precisa de espaço e não pode sofrer com o calor. Como um cachorro, é manso, adora carinho, atende pelo meno e aprende a fazer xixi e cocô no lugar certo.
Média de preço: R$ 95,90.
Nível de gastos: médio. É preciso mantê-lo em ambiente fresco e ventilado.
O que come: ração, folhas verdes e legumes.
Quanto vive: 8 anos.
Fique ligada
Estes bichinhos demonstram que estão doentes por meio da mudança de comportamento: "Pode ser alimentar, social (agressividade), estresse, apatia, vômito, diarreia... Em geral, apenas o dono tem condições de avaliar se ele está bem ou não", orienta Érico.
Exceto o jabuti, os outros animais desta reportagem podem ser treinados para fazer xixi no lugar certo. Igualzinho a um cachorro!
Se você já tem cachorro ou gato, faça uma avaliação prévia de contato com outros animais, para tentar uma interação. A personalidade mais dominante ou submissa pode ser o fator primordial no convívio com outros bichos, seja da mesma espécie ou não.
Nada de deixá-los na gaiola o tempo todo. Ficar com o seu bichinho é muito importante para deixá-lo saudável e feliz!
(texto publicado na revista Viva! Mais nº 783 - 3 de outubro de 2014)
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