sábado, 4 de outubro de 2014

Entrevista com Bruno Gagliasso - Marvio Gonçalves


Para viver Edu, de Dupla Identidade, ator fez teste e assumiu os fios grisalhos

Como foi a preparação para viver o Edu?

"Pesquisei muito. Sou viciado em séries, então, já assisto normalmente de todos os gêneros, incluindo as de suspense. Mas posso dizer que a vida real foi minha maior inspiração. Em todos os lugares do mundo existem serial killers. Ele é um cara bacana, sedutor e bem inteligente. Ele estaria aqui, com a gente, e ninguém imaginaria que é um psicopata. O tesão é esse, mostrar um cara que não tem a menor pinta de quem faz as atrocidades que ele faz".

O Edu só ataca mulheres?

"Ele mata quem estiver no caminho dele. Mas o que a gente quer é mexer com a cabeça das pessoas mesmo, deixar o telespectador com vontade de ver os próximos episódios".

Você se lembra de ter batalhado tanto assim para fazer outro personagem?

"Há muitos anos eu não fazia teste. O último, pelo que me lembro, foi em Celebridade, com o Dennis Carvalho, em 2003. E eu me senti tão bem ao fazer, me preparei tanto! Fiquei muito orgulhoso por saber que foi uma conquista minha. Fui o último a fazer o teste e não queriam ninguém com a minha idade. Por isso, dou tanto valor a esse trabalho".

Você deixou de fazer Império por causa desse papel?

"Às vezes, o que sai na imprensa não é verdade. O que existe é uma conversa entre os envolvidos. Chega-se a um acordo ao decidir o que é melhor para minha carreira e para a emissora. Nesse caso, foi uma decisão em conjunto".

A televisão, cada vez mais, investe em séries. Você acha que esse pode ser o futuro da tevê aberta?

"O mundo inteiro investe em seriados. A Globo é uma das maiores emissoras do mundo, então não tem motivo para não entrar nessa fatia também. Mas meu comprometimento não depende do formato, e sim da profissão que escolhi. Sou ator, seja no teatro, no cinema, em novela ou em série".

Esse papel mexeu com você na questão da segurança?

"Os seres humanos são diferentes uns dos outros. Existem pessoas ruins, isso é real. Mas você acaba se acostumando. Vejo com certa naturalidade esse projeto por conta de um estudo que tivemos, mas é chocante. A qualquer hora pode ter do nosso lado um psicopata. É um risco que todo mundo corre".

Você pintou os cabelos e a barba?

"É tudo meu, natural. Todo mundo envelhece um dia. Estou com 32 anos já!".

Dupla identidade marca seu reencontro em cena com Débora Falabella, com quem você fez Chiquititas. Como foi esse reencontro?

"É maravilhoso e a gente já queria isso há algum tempo. Fizemos irmãos em Chiquititas e, depois, até estivemos juntos no elenco de Sinhá Moça, mas quase não nos encontrávamos em cena. Essa é uma baita de uma parceria, uma história romântica. Que bom que veio na hora certa esse encontro".



(texto publicado na revista Malu nº 640 - ano 16 - 02 de outubro de 2014)








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