Será que a catarata acomete somente pessoas mais velhas? Conheça os sintomas e as diferentes causas dessa doença que provoca a perda da visão.
Muito se fala sobre catarata, uma doença muito comum nos olhos, que pode ser facilmente diagnosticada e tratada. Há, inclusive, mutirões organizados por entidades públicas e privadas para que as pessoas façam a avaliação oftalmológica. Mas o que é a catarata? Trata-se de uma opacidade crescente do cristalino, a lente natural do olho, que faz com que as pessoas tenham a visão nublada, como se olhassem por uma janela embaçada ou enevoada. Tal sintoma pode dificultar muito as tarefas cotidianas, como ler, dirigir e até assistir à televisão.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo, o que representa cerca de 20 milhões de pessoas. Como a expectativa de vida da população mundial está aumentando, o número de pessoas com catarata tende a crescer.
Mas quando falamos em catarata, normalmente associamos a doença a idosos, público mais afetado. Mas será que é um fato? Não! A causa mais comum de catarata é mesmo o envelhecimento, mas existem crianças que já nascem com a doença. Mães que durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre, tiveram rubéola ou toxoplasmose. Essas doenças podem passar para o feto, e a criança nasce com vários problemas oftalmológicos, dentre eles a catarata. Nesses casos, a indicação é fazer o diagnóstico ainda no berçário. É um exame muito simples. O médico incide a luz de uma lanterna nos olhos da criança e verifica se a pupila ou menina do olho é transparente. A presença de um reflexo esbranquiçado pode ser sinal de catarata ou até de outras doenças mais graves. Em caso de diagnóstico positivo, a catarata no recém-nascido é realmente uma urgência. Se a criança não for operada até os dois ou três meses de idade, principalmente se apenas um olho estiver acometido, ela poderá nunca mais ter visão normal.
Além dos idosos e recém-nascidos, ela também pode ocorrer em outras faixas etárias, provocadas, por exemplo, pelo uso de colírios com corticoides, diabetes, doenças reumatológicas, inflamações intraoculares, exposição ao ultravioleta ou por acidentes automobilísticos e outros tipos de traumas oculares.
Tratamento
O único tratamento que realmente funciona para a catarata é a cirurgia. Realizá-la na fase inicial faz muita diferença na melhora da qualidade de vida do paciente e diminui os riscos de complicações pós-operatórias. Como há mais casos entre pessoas acima de 50 anos, é comum os pacientes associarem a diminuição da visão à idade e não à catarata, e só percebem ao fazerem um exame oftalmológico ou ao compararem as imagens entre um olho e outro.
A técnica atual é feita com facoemulsificador. Faz-se uma pequena incisão ocular e a catarata é fragmentada e aspirada, implantando-se uma lente intraocular. Todo o procedimento é feito com anestesia tópica (colírio anestésico), e demora, em média, 20 minutos. São receitados colírios para o pós operatório e o paciente tem alta em seguida.
Ou seja, a cirurgia é simples, delicada e exige mãos experientes. Lembre-se que o diagnóstico é feito em consultório. Basta ficar atento e procurar um especialista ao notar alterações na visão!
Curiosidade
Claude Monet, famoso pintor representante do Impressionismo na França, foi diagnosticado com catarata. Estudos mostram as mesmas paisagens pintadas por ele, num período de 20 anos, com diferença nas cores e nas formas, que se tornaram mais turvas e manchadas. A doença pode ter acometido Monet por conta das muitas horas em que ficou com seus olhos expostos ao sol. Sabe-se que a radiação ultravioleta é um clássico fator de risco para catarata, perdendo em importância apenas para a idade avançada. Monet pintava ao ar livre, preferencialmente ao meio-dia, para captar a incidência da luz solar nas formas e cores.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo, o que representa cerca de 20 milhões de pessoas. Como a expectativa de vida da população mundial está aumentando, o número de pessoas com catarata tende a crescer.
Mas quando falamos em catarata, normalmente associamos a doença a idosos, público mais afetado. Mas será que é um fato? Não! A causa mais comum de catarata é mesmo o envelhecimento, mas existem crianças que já nascem com a doença. Mães que durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre, tiveram rubéola ou toxoplasmose. Essas doenças podem passar para o feto, e a criança nasce com vários problemas oftalmológicos, dentre eles a catarata. Nesses casos, a indicação é fazer o diagnóstico ainda no berçário. É um exame muito simples. O médico incide a luz de uma lanterna nos olhos da criança e verifica se a pupila ou menina do olho é transparente. A presença de um reflexo esbranquiçado pode ser sinal de catarata ou até de outras doenças mais graves. Em caso de diagnóstico positivo, a catarata no recém-nascido é realmente uma urgência. Se a criança não for operada até os dois ou três meses de idade, principalmente se apenas um olho estiver acometido, ela poderá nunca mais ter visão normal.
Além dos idosos e recém-nascidos, ela também pode ocorrer em outras faixas etárias, provocadas, por exemplo, pelo uso de colírios com corticoides, diabetes, doenças reumatológicas, inflamações intraoculares, exposição ao ultravioleta ou por acidentes automobilísticos e outros tipos de traumas oculares.
Tratamento
O único tratamento que realmente funciona para a catarata é a cirurgia. Realizá-la na fase inicial faz muita diferença na melhora da qualidade de vida do paciente e diminui os riscos de complicações pós-operatórias. Como há mais casos entre pessoas acima de 50 anos, é comum os pacientes associarem a diminuição da visão à idade e não à catarata, e só percebem ao fazerem um exame oftalmológico ou ao compararem as imagens entre um olho e outro.
A técnica atual é feita com facoemulsificador. Faz-se uma pequena incisão ocular e a catarata é fragmentada e aspirada, implantando-se uma lente intraocular. Todo o procedimento é feito com anestesia tópica (colírio anestésico), e demora, em média, 20 minutos. São receitados colírios para o pós operatório e o paciente tem alta em seguida.
Ou seja, a cirurgia é simples, delicada e exige mãos experientes. Lembre-se que o diagnóstico é feito em consultório. Basta ficar atento e procurar um especialista ao notar alterações na visão!
Curiosidade
Claude Monet, famoso pintor representante do Impressionismo na França, foi diagnosticado com catarata. Estudos mostram as mesmas paisagens pintadas por ele, num período de 20 anos, com diferença nas cores e nas formas, que se tornaram mais turvas e manchadas. A doença pode ter acometido Monet por conta das muitas horas em que ficou com seus olhos expostos ao sol. Sabe-se que a radiação ultravioleta é um clássico fator de risco para catarata, perdendo em importância apenas para a idade avançada. Monet pintava ao ar livre, preferencialmente ao meio-dia, para captar a incidência da luz solar nas formas e cores.
(texto publicado na revista Circuito edição 184 - ano 15- abril de 2015)
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