domingo, 21 de agosto de 2016

Memória: O refúgio do modernista - Jussara Soares


A Casa Mário de Andrade, na Barra Funda, reabre e traz exposição que celebra a vida do escritor

Escritor, poeta, musicólogo e um dos pioneiros do modernismo com a publicação de Pauliceia Desvairada (1922), Mário de Andrade era muitos. Todos, no entanto, encontravam refúgio no mesmo endereço: Rua Lopes Chaves, 546 (antigo 108), na Barra Funda. Ele ocupou o imóvel entre 1921 e 1945. Ali deu aulas de piano, escreveu textos e espalhou estantes pela casa para organizar a vasta biblioteca. A partir de 1990, o local tornou-se uma oficina cultural, com eventos voltados para a literatura. Muitos visitantes, porém, sentiam falta de vestígios do famoso morador. No ano em que se completam setenta anos de sua morte, esse deslize foi reparado. Após cinco meses fechado para reparos em sua estrutura, o espaço reabriu com a exposição A Morada do Coração Perdido. A mostra traz preciosidades que antes estavam em poder da família, como os óculos arredondados, a pasta de couro, o suporte de mata-borrão e a espátula, além de seu piano e cartas inéditas. As visitas, com entrada livre, ocorrem de segunda a sexta, das 13 às 22 horas, e sábado, das 9 às 13 horas.



(texto publicado na revista Veja São Paulo de 3 de junho de 2015)

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