Além de dar um sabor especial aos alimentos, o azeite ainda faz bem para a saúde; veja como escolher e fazer melhor uso dele
Saboroso e com aroma agradável, o azeite combina com saladas, torrada ou mesmo com o arroz e o feijão. O melhor de tudo é que ele faz bem à saúde. "Ele é considerado um alimento funcional, capaz de prevenir doenças cardíacas, câncer e também de fortalecer o sistema imunológico. Enquanto os outros óleos são produzidos a partir de sementes, o azeite é o único extraído da fruta - a azeitona, que possui gordura monoinsaturada, considerada a mais saudável, além de vitaminas, de minerais e de antioxidantes que inibem a ação dos radicais livres", enumera Rita Bassi, presidente da Oliva (Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira).
Alguns especialistas apontam que, quando aquecido em alta temperatura, o azeite perde algumas de suas propriedades, mas indicam que, ainda assim, continua sendo o mais saudável dos óleos. "Ele se mantém estável sob aquecimento até 200ºC, em média. após um tempo exposto a essa temperatura, são formadas substâncias tóxicas ou cancerígenas, mas os outros óleos também liberam substâncias tóxicas", diz a nutricionista Kelly Damasceno, da clínica Dr. Rainer Moreira.
O ideal, então, é consumi-lo frio ou levemente aquecido, para que mantenha todas as características. "A escolha depende do paladar de cada um, podendo ser utilizado o extravirgem para a finalização de prato, e o azeite de oliva, para a preparação", indica Rita.
Não à toa, o azeite é um dos artifícios usados pelo chef de cozinha Marcos Rillo na preparação de várias iguarias. "Aprecio o gosto e costumo trabalhar com os aromatizados", conta ele, que cria sabores ao misturar o azeite a ervas, como salsinha e manjericão.
É recomendado optar pelos de menor acidez e checar a cor da embalagem. "O vidro deve ser escuro, pois evita a oxidação do óleo", ensina Flavia Meddeiros, especialista em nutrição funcional. O pote precisa ser mantido em local fresco e sem incidência da luz, para que não modifique as características do azeite.
A transformação da fruta em óleo dá até água na boca. "Após a pesagem das azeitonas, elas passam por uma classificação pela sua origem e vão para estruturas metálicas em forma de moinhos, com batimento lento e contínuo. Assim, tornam-se uma massa uniforme, e ocorre a junção das pequenas gotículas de azeite. Ele, então, é filtrado, para a retirada de possíveis partículas, armazenado, para a decantação dos sólidos resultantes do processo de extração e, finalmente, embalado em garrafas de vidro, para ser comercializado", conta Kelly. Depois, é só comprá-lo e saboreá-lo.
Benefícios do azeite
- É fonte de vitaminas A, D, K e E
- Contribui para a redução do risco de doença cardiovascular
- Ajuda na redução da pressão arterial
- Tem efeito anti-inflamatório
- É anticoagulante
- Dá saciedade
- Melhora a função intestinal
- Tem ação antioxidante
- Tem efeito analgésico
- Auxilia na redução do colesterol LDL (colesterol ruim)
Aprenda a diferenciar
O azeite de oliva é o óleo extraído da azeitona e é classificado de acordo com o processo de obtenção, com os procedimentos tecnológicos aplicados e com os parâmetros de qualidade.
- Extravirgem: é prensado a frio, em um processo que mantém seus nutrientes. Sua acidez é a mais baixa, com limite de até 0,8%. O azeite com baixa acidez indica que foi proveniente de um fruto de boa qualidade e que obteve bom tratamento e boa conservação.
- Virgem: é extraído apenas por processos físicos. Sua acidz varia de 0,8% até 2%.
- Refinado: é extraído até da terceira prensagem da azeitona, com acidez maior do que 2%. Tem o sabor mais adocicado.
- Composto: com cor clara, tem menos aroma, cor e sabor, devido ao processo de refinamento do óleo, responsável também pela perda de nutrientes. Geralmente, é misturado ao azeite extravirgem, dando origem aos óleos ou azeites compostos. Sua acidez varia de 1,5% a 3%.
(texto publicado na Revista da Hora de 14 de agosto de 2016)
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