Nome: Célia Kochen Parnes
Profissão: administradora
Atitude transformadora: voluntária há 34 anos na União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (Unibes)
Aos 14 anos, a administradora de empresas Célia Kochen Parnes realizou seu primeiro trabalho como voluntária. A convite da União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (Unibes), engrossou o grupo de jovens encarregados de monitorar crianças da instituição em excursões. "Quando íamos aos parques, eu me divertia ao acompanhá-las na montanha-russa", lembra. Os passeios acabaram se repetindo, e ela integrou alguns projetos da associação, que envolviam arrecadação de alimentos, livros e medicamentos, entre outros. "Um dia percebi que poderia contribuir mais", conta. Nesse período, em meados dos anos 2000, Célia decidiu parar de fazer apenas os trabalhos esporádicos e ingressar no time fixo da entidade social. Em quase quinze anos de atuação, ocupou os cargos de diretora de sustentabilidade, vice-presidente e, hoje, aos 48 anos, está em seu segundo mandato como presidente. "Tenho orgulho em ser parte dessa história, pois a instituição é muito importante, um pilar para a comunidade judaica."
Criada em 1915 por um grupo de senhoras judias da capital, a Sociedade Beneficente das Damas Israelitas foi o embrião da Unibes. "Essas mulheres iam até o Porto de Santos receber e dar orientações aos imigrantes. Alguns não tinham muita ideia nem de onde estavam", conta Célia. Nos primeiros anos, a atividade funcionava de maneira bastante informal. As pioneiras ganharam força e passaram a trabalhar de forma mais profissional ao se unir a outras organizações que surgiram posteriormente para prestar assistência à colônia. Em 1976, aconteceu a fusão que selaria o nascimento da Unibes. Nessa época, a entidade já estava fortalecida e recebia não apenas as famílias judias, mas também os paulistanos carentes que moravam na região do Bom Retiro, no centro. Atualmente, são atendidas aproximadamente 14 000 pessoas por ano, incluindo 10% dos cerca de 60 000 judeus que vivem na cidade. A maior parte procura a assistência social familiar, que realiza o encaminhamento para benefícios públicos ou parceiros privados em áreas como a jurídica, a psicológica e a de saúde. Em torno de um terço da renda necessária é levantado com as vendas das seis lojas do bazar de roupas, móveis e eletrodomésticos usados.
A Unibes também faz a gestão da creche Betty Lafer, considerada modelo na educação infantil. O local é mantido com o apoio da prefeitura e oferece 200 vagas para crianças entre 2 e 5 anos. "Há alguns anos temos índice de cárie zero, devido ao atendimento odontológico", afirma Célia. O Centro da Criança e do Adolescente, outro braço do serviço social, atende quase 700 jovens de 6 a 15 anos de famílias com renda familiar de até três salários mínimos. Entre as oficinas que eles têm à disposição estão acompanhamento escolar, artes, dança, orquestra, coral e esportes. No mesmo local funciona a capacitação de jovens com mais de 16 anos. São cerca de 800 vagas por semestre em cursos como hotelaria, gastronomia, web design, auxiliar de escritório e eletricidade.
No ano em que comemora seu centenário, a associação inaugura em junho o primeiro Centro Dia para o idoso da capital em parceria com a administração municipal. A entidade se prepara ainda para abrir a Unibes Cultural. Com o início das atividades previsto para agosto, a sede ocupará o prédio do Centro da Cultura Judaica, em Pinheiros, com programação gratuita para todas as idades. "Nossa meta é continuar sendo referência por outros 100 anos", sonha Célia.
Aos 14 anos, a administradora de empresas Célia Kochen Parnes realizou seu primeiro trabalho como voluntária. A convite da União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (Unibes), engrossou o grupo de jovens encarregados de monitorar crianças da instituição em excursões. "Quando íamos aos parques, eu me divertia ao acompanhá-las na montanha-russa", lembra. Os passeios acabaram se repetindo, e ela integrou alguns projetos da associação, que envolviam arrecadação de alimentos, livros e medicamentos, entre outros. "Um dia percebi que poderia contribuir mais", conta. Nesse período, em meados dos anos 2000, Célia decidiu parar de fazer apenas os trabalhos esporádicos e ingressar no time fixo da entidade social. Em quase quinze anos de atuação, ocupou os cargos de diretora de sustentabilidade, vice-presidente e, hoje, aos 48 anos, está em seu segundo mandato como presidente. "Tenho orgulho em ser parte dessa história, pois a instituição é muito importante, um pilar para a comunidade judaica."
Criada em 1915 por um grupo de senhoras judias da capital, a Sociedade Beneficente das Damas Israelitas foi o embrião da Unibes. "Essas mulheres iam até o Porto de Santos receber e dar orientações aos imigrantes. Alguns não tinham muita ideia nem de onde estavam", conta Célia. Nos primeiros anos, a atividade funcionava de maneira bastante informal. As pioneiras ganharam força e passaram a trabalhar de forma mais profissional ao se unir a outras organizações que surgiram posteriormente para prestar assistência à colônia. Em 1976, aconteceu a fusão que selaria o nascimento da Unibes. Nessa época, a entidade já estava fortalecida e recebia não apenas as famílias judias, mas também os paulistanos carentes que moravam na região do Bom Retiro, no centro. Atualmente, são atendidas aproximadamente 14 000 pessoas por ano, incluindo 10% dos cerca de 60 000 judeus que vivem na cidade. A maior parte procura a assistência social familiar, que realiza o encaminhamento para benefícios públicos ou parceiros privados em áreas como a jurídica, a psicológica e a de saúde. Em torno de um terço da renda necessária é levantado com as vendas das seis lojas do bazar de roupas, móveis e eletrodomésticos usados.
A Unibes também faz a gestão da creche Betty Lafer, considerada modelo na educação infantil. O local é mantido com o apoio da prefeitura e oferece 200 vagas para crianças entre 2 e 5 anos. "Há alguns anos temos índice de cárie zero, devido ao atendimento odontológico", afirma Célia. O Centro da Criança e do Adolescente, outro braço do serviço social, atende quase 700 jovens de 6 a 15 anos de famílias com renda familiar de até três salários mínimos. Entre as oficinas que eles têm à disposição estão acompanhamento escolar, artes, dança, orquestra, coral e esportes. No mesmo local funciona a capacitação de jovens com mais de 16 anos. São cerca de 800 vagas por semestre em cursos como hotelaria, gastronomia, web design, auxiliar de escritório e eletricidade.
No ano em que comemora seu centenário, a associação inaugura em junho o primeiro Centro Dia para o idoso da capital em parceria com a administração municipal. A entidade se prepara ainda para abrir a Unibes Cultural. Com o início das atividades previsto para agosto, a sede ocupará o prédio do Centro da Cultura Judaica, em Pinheiros, com programação gratuita para todas as idades. "Nossa meta é continuar sendo referência por outros 100 anos", sonha Célia.
(texto publicado na revista Veja São Paulo de 3 de junho de 2015)
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