quarta-feira, 27 de maio de 2015

Pitbull salva militar veterano de cometer suicídio (The Dodo - tradução de Taciana Rettore)


David E. Sharpe, um piloto veterano das Forças Aéreas dos EUA, retornou de sua missão na Arábia Saudita em 2002. Não foi um retorno feliz: sofrendo de traumas de suas experiências durante o dever, ele começou a beber, a arrumar brigas em bares, etc. Um amigo então sugeriu que ele adotasse um cão. Ele então adotou uma filhote de pitbull marrom e branca chamada Cheyenne.

Três meses depois, "as coisas ficaram muito ruins" lembra David. "Eu tinha dois colegas no exército que haviam cometido suicídio, e eu não conseguia lidar com tudo aquilo que estava passando em minha cabeça. Eu fui para o meu quarto e peguei um revólver que meu pai havia me dado durante a escola de cadetes. Eu estava chorando e me chamando de perdedor. Nesse momento eu destravei a arma, coloquei-a em minha boca e posicionei o dedo no gatilho. Logo que fiz isso, uma coisa muito estranha aconteceu.

"Aquele pequeno filhote, que talvez tivesse seis meses de idade na época, veio e lambeu minha orelha, o que acabou me distraindo fazendo com que eu tirasse a arma da boca para perguntar' porque você fez isso?' E então ela veio que sentou no meu colo, colocando sua cabeça em minha coxa direita. A arma estava na minha mão, em minha coxa esquerda. Eu entendi aquilo como um ultimato para que eu fizesse uma escolha entre ela e tirar minha vida. Eu escolhi ela e nunca mais olhei para trás.

Em 2009, David fundou a Companions for Heroes (Companheiros para Heróis), que busca unir veteranos, militares ativos e socorristas com cães resgatados. A organização paga  a taxa de adoção e oferece suporte com auxílio veterinário por um ano. David, que agora arrumou um outro trabalho, disse que unir um cão e um veterano é o primeiro passo para reintegrar a pessoa à sociedade.

"Eles mesmos escolhem o cão no abrigo e, se der certo, - nós temos uma taxa de assertividade de 98% - eles fizeram uma boa escolha. Eles então começam a aprender a treinar o cão, fato que os dá mais poder e responsabilidade. Depois começam a tomar outras decisões como voltar a estudar, trabalhar, etc.

Há diversos casos similares com o de David. Veteranos que estavam à beira do suicídio e se recuperaram devido à amizade e lealdade de um cão.

O sonho de David é que todos os veteranos que retornam à sua terra natal, vão direto ao abrigo mais próximo. "Dezoito veteranos cometem suicídio por ano nos EUA. Isso é aproximadamente 6.000 por ano. Eu quero que esse número seja zero. Além disso, a cada oito segundos um animal é sacrificado em um abrigo. Eu também quero diminuir esses números.

Eu me lembro de contar sobre meus pesadelos para Cheyenne em minha cama, chorando e dizendo que jamais iria me casar ou ter filhos. Dizia que estava ficando louco.

E aqui estamos nós, doze anos depois, com minha esposa e meu filho recém nascido.

A vantagem de ter um cão é que ele não te vê como um deficiente ou louco. Ele te vê simplesmente como seu dono, com um completo e incondicional amor.

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