O método relaxa o corpo e a mente, combate tensões, transforma a postura e conquista cada vez mais adeptos no mundo inteiro
Ele melhora a postura e a qualidade do movimento. Busca reorganizar a estrutura corporal no campo da gravidade, e começou a ser difundido em meados dos ano 1960, nos Estados Unidos. Com o Rolfing, é possível aprender maneiras mais eficientes de usar nosso próprio corpo. "O método envolve toques e indução de movimentos e é capaz de melhorar a postura e a qualidade de vida, reduzindo tensões e dores crônicas", garante a rolfista Adriana Gailey, do Rio de Janeiro. Todas as pessoas podem ser rolfadas, "principalmente aquelas que sentem dores, desconfortos físicos, cansaços desproporcionais às atividades físicas que fazem no dia-a-dia e desânimo", completa o rolfista Celso Nunes, de Salvador. Saiba mais nesta entrevista exclusiva!
Como funciona?
As sessões possuem duas técnicas básicas. Uma delas é chamada "estrutural". "Nessa fase, utilizamos de um toque bem específico para soltar a fáscia - um tecido conjuntivo que envolve todas as nossas estruturas (músculos, ossos, órgãos). Esse toque convida o tecido a se soltar, possibilitando uma maior liberdade nas articulações", explica Adriana. A segunda parte envolve o chamado Rolfing movement, que faz com que a pessoa se conscientize dos seus padrões de movimento e experimente novas maneiras de se colocar na gravidade, "com mais graça e equilíbrio", acrescenta. Segundo Celso, o rolfista constata e identifica assimetrias presentes no corpo humano para, em seguida, por meio de uma série de sessões, intervir de forma sistemática, pelo toque e pela indução de movimentos, no corpo do cliente. "A meta fundamental é o bem-estar", conclui.
Dê adeus às dores
O método também tem finalidade terapêutica e se aplica ainda a quem sofre de fibromialgia - reduzindo significativamente as dores provocadas pela doença - doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho (DORT) e até distúrbios de ansiedade. Também é recomendado para pessoas ligadas às artes corporais ou de movimento, como atores, bailarinos, atletas, educadores físicos e praticantes de artes marciais. Por isso, o tratamento é tão procurado por celebridades. "Lauryn Hill é uma das que utilizam o método para melhorar seu desempenho nos palcos", afirma Adriana, que atendeu a cantora durante uma de suas viagens ao Rio de Janeiro.
Pausa necessária
Depois de receber a série inicial, que pode ser de 10, 13 ou 15 sessões, dependendo de cada caso, é necessário que o cliente dê uma pausa antes de voltar a receber as intervenções. "Esse tempo é variável de pessoa para pessoa, pois depende bastante da maneira de cada um processar os benefícios recebidos. Estimo que de 6 a 8 meses seja tempo suficiente para que a pessoa assimile os benefícios e possa voltar às sessões", esclarece Celso.
Rolfing para a beleza
As sessões também ajudam a ter mais consciência corporal, o que, consequentemente, reflete na aparência e na forma física. "Apesar de não visar a perda ou aumento de peso, o método ajuda a manter o corpo em melhor forma, pois alinha e integra as estruturas, aumenta o rendimento do sistema respiratório e melhora o tônus", reforça o rolfista.
O trabalho ainda combate a tensão do dia-a-dia. "Uma boa sessão de Rolfing mostra como é possível diminuir o estresse", promete o especialista. E Adriana complementa: "Ele vai diminuindo gradativamente e os sintomas desaparecem a cada sessão".
Contraindicações
O Rolfing tem poucas contraindicações, mas é preciso se atentar a elas. Não devem se submeter ao método aqueles que sofrem de câncer, abscessos ou de erisipela (infecção causada por uma bactéria que penetra na pele ou na mucosa e se dissemina pelos vasos linfáticos). "É importante salientar que quem teve câncer só deve ser rolfado cinco anos depois de constatada a cura, pois a manipulação do tecido conjuntivo pode contribuir para espalhar as células doentes", adverte Celso. De acordo com Adriana, algumas doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, também impedem a adesão ao método.
Para saber mais
Rolfing é marca registrada do Rolf Institute, representado pela Associação Brasileira de Rolfing no Brasil. Acesse: www.rolfing.com.br
(texto publicado na revista Ponto de Encontro nº 44 - jun/jul de 2013)
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