sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Diário de vida - Ainda bem que...

Desde que intensifiquei o processo de autoconhecimento no início do ano passado, pude constatar o progresso que  fiz, principalmente pelos comentários feitos por pessoas que me conhecem há algum tempo e que notaram a diferença.

Tive muitos insights nos últimos meses e em algumas ocasiões me senti uma verdadeira bruxa por encontrar vaga no estacionamento assim que chegava em um local,  pelo fato da pessoa na qual estava pensando aparecer de repente ou então me telefonar e assim por diante.

Ontem me aconteceu algo que colocou à prova tudo que aprendi até agora. Depois do trabalho resolvi fazer algumas compras e quando estava no supermercado liguei para casa e perguntei a minha mãe se ela estava precisando de alguma coisa.  E ela me relatou que um raio tinha caído em nossa casa e levado metade do telhado embora. A primeira coisa que perguntei foi se ela e o meu cãozinho estavam bem. E como a resposta foi afirmativa surpreendentemente fiquei muito tranquila e continuei a fazer as compras e ainda passei em um outro lugar como tinha programado e só então voltei para casa.

Assim que cheguei fui constatar o tamanho do estrago. Muitas telhas estavam caídas na calçada e logo pensei: ainda bem que ninguém estava passando naquela hora e nem tinha carro estacionado por perto. Fiquei um tempão tirando a água da sala  inundada, mas encarei como se estivesse fazendo ginástica com galochas e tudo.

E comecei a enumerar uma série de "ainda bem que":
- a minha mãe não estava falando ao telefone;
- o meu cão estava perto da minha mãe e não ficou estressado com o barulho;
- as telhas caíram para o lado da rua e não para o lado do vizinho;
- as telhas não atingiram nem a antena da TV, nem a parabólica da Net, nem os carros, nem as plantas;
- as telhas em questão são de um cômodo que eu usava como sala de aula;
- essa sala existe porque senão o raio teria caído diretamente na cozinha;
- essa sala estava parcialmente desativada e não havia nada de eletrônico ou de importante nela;
- consegui falar com os pedreiros que vieram imediatamente;
- o material de construção que tinha sido utilizado era de ótima qualidade senão o estrago teria sido maior;
- não choveu muito hoje;
- o valor que vou gastar coincide com o que recebi por uma tradução que fiz há alguns dias.

Poderia enumerar mais alguns "ainda bem que", mas o que me deixou feliz é que fiquei muito tranquila o tempo todo. Estou finalmente colocando em prática horas e horas de curso e investimento em mim mesma.

Abraços!!!!





Um comentário:

  1. Genial!!!!! Sua postura Zen nos estimula a todos a trabalhar esse lado interior. Eu também consegui vencer muito do meu nervosismo habitual com o autoconhecimento que estamos trabalhando juntas quando aconteceu o acidente do meu carro no Reveillón... e isso dá uma paz para nós, não é??? Temos um longo caminho ainda pela frente, mas sei que estamos no caminho certo. Parabéns pela postagem e pela postura tranquila e confiante. Vc passou uma sensação muito gostosa de paz a nós leitores do seu blog. É muito bom!!!
    Um grande beijo.

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