Daniel Goleman, psicólogo, autor do livro Inteligência emocional,publicou na sua mais recente obra -Foco- severas advertências sobre esse momento humano-tecnológico que estamos atravessando, onde a falta de atenção tornou-se um dos maiores efeitos colaterais do uso descontrolado das ferramentas digitais. A quantidade enorme de convites para dispersão, através do WhatsApp, Facebook, e-mails, internet, twitter etc , somada à falta de gerenciamento do tempo e da disciplina para lidar com esses apelos digitais, tem comprometido muito a produtividade no trabalho e a segurança no trânsito, além de prejudicar seriamente os relacionamentos interpessoais.
Estudos tem comprovado que as interrupções em excesso podem diminuir em até 30% a capacidade de realização de atividades, o que faz com que o trabalho final deixe a desejar. Outra questão preocupante é a falta de consciência e a inconsequência dos motoristas que dirigem falando ao celular ou respondendo a mensagens, sem atentar para o fato de que estão assumindo o risco de matar. Hoje, esta conduta está sendo equiparada a dirigir alcoolizado.
A maioria das empresas que estão se preocupando com essas questões, não gostaria de fazer uso de ferramentas legais de caráter coercitivo para, por exemplo, proibir o uso do celular. Preferem, em vez disso, tentar educar e conscientizar, para que o bom senso dos colaboradores seja aplicado no dia a dia. Porém, esta tarefa não é nada fácil, principalmente nas empresas onde a maioria dos colaboradores tenha nascido depois dos anos 90.
Precisamos admitir que somos todos novatos no uso de algo em nossos bolsos que nos chama o tempo inteiro. Estamos aprendendo continuamente e, como tudo na vida, podemos fazer escolhas quanto à maneira como queremos usar o que o mundo nos proporciona. Importa termos a consciência de que estas escolhas ferarão consequências com que teremos que conviver no futuro.
Propomos, através dessa palestra, uma sensibilização educativa, utilizando vídeos e relatos de casos, no sentido de buscarmos um posicionamento mais maduro e responsável para o uso dessas novas tecnologias na família, no trânsito e no ambiente de trabalho. Além de propormos algumas dicas para o uso seguro e ético dessas ferramentas, iniciaremos com o grupo a construção de um pequeno código de conduta a partir das experiências de cada um.
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