segunda-feira, 27 de junho de 2016

Você sabia que Hitler... - Eduardo Cosomano

Além de artista frustrado, racista e megalomaníaco, ele era esquisito para caramba.

... era fã do Mickey Mouse?

Hitler adorava um ícone da cultura americana: desenhos animados. Se fosse do Mickey, então, o Holocausto podia esperar. No Natal de 1937 o ministro da propaganda, Joseph Goebbels, lhe deu 12 desenhos de camundongo da Disney e anotou em seu diário: "Ele está absolutamente feliz com seu tesouro!".

... tinha estômago delicado?

Cólicas estomacais e crises de flatulência acompanharam Adolf desde a infância. Após consultas com uma nutricionista vienense chamada Marlene Von Exner, seu cardápio passou a priorizar suco de laranja com mingau de linhaça, pudim de arroz com molho de ervas e biscoitos com nozes e pasta de manteiga.

... ainda é best-seller?

O estado da Baviera adquiriu os direitos autorais sobre Mein Kampf (Minha Luta), que Hitler concluiu na cadeia em 1924, para impedir sua republicação - mas traduções piratas vendem bem no Oriente Médio e na Índia e seus vizinhos. Em tempo: Mein Kampf vira domínio público em 2016.

... adorava cruzeiros?

Para o ditador, lazer era direito de todos (os arianos): criou cursos de férias, centros de recreação e câmaras de cultura (nazista, claro). Curioso era o incentivo para que os trabalhadores desfrutassem de cruzeiros marítimos: para Hitler, todos deveriam fazer uma viagem dessas uma vez na vida.

... admirava um judeu?

Sua parte favorita da revista automotiva Motor-Kritik eram os artigos do engenheiro judeu Joseph Ganz. Há quem diga que ele foi o verdadeiro invetor do Fusca e teve a honra usurpada pelo alemão Ferdinand Porsche. Ganz chegou a ser preso pela Gestapo, mas escapou com vida do Terceiro Reich.

...mudava planos por causa de uma cadela?

Era Blondi, uma pastora alemã. Hitler interrompia reuniões para mostrar os truques que a cadela havia aprendido. O problema é que, se ela errava algo, Hitler ficava insuportável. Um de seus generais disse: "Parecia que a campanha na Rússia dependia mais de Blondi do que de nós".


(texto publicado na revista Super Interessante edição 291 - maio de 2011)





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