Os donos de Louis, o gato desaparecido em 19 de setembro após fugir no desembarque no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, não querem mais viajar de avião com o animal para evitar que ele escape novamente. "Se quiser ir pra fora do país, vai ter que ser de carro ou de navio. Alguma coisa que a gente possa levar ele com a gente", disse o biólogo Alexandre Zuntini, proprietário do bichano.
Louis foi encontrado na sexta-feira (26) preso em uma das armadilhas instaladas nos arredores da pista do aeroporto para evitar a entrada de animais. Um dia após o retorno para casa no Brasil, Louis está se adaptando à casa do casal no Butantã e se recuperando dos dias em que ficou sumido. O biólogo contou que o bicho miava bastante no momento do resgate.
Segundo Zuntini, ele e sua mulher, a também bióloga Elaine Françoso, receberam uma ligação da American Airlines, companhia pela qual viajaram desde os Estados Unidos com o felino, avisando que haviam encontrado um gato com características semelhantes às de Louis.
"Primeiro, nós recebemos mensagens no Facebook, tinha começado um burburinho lá. Um pouco depois, recebemos uma ligação da American, mandaram uma foto dele dentro de uma armadilha e dava para ver os padrões de listras. Comparamos tudo, ele tem umas listras bem características dele", contou o dono.
Ele disse que, após chegar ao aeroporto, foi possível confirmar que se tratava mesmo de Louis graças a um chip que o bichano carrega. "É como se fosse um crachá, ele registra ao aproximar um dispositivo. É um tipo de RG que ele tem."
De acordo com o dono, apesar de alguns ferimentos leves, o animal está bem. "Ele estava calmo, miando muito porque não gosta de ficar em caixinha, mas estava bem. Já está com a gente, em casa."
Sobre a sensação de reencontrar Louis após uma semana de buscas, Alexandre resume: "Foi ótimo". O casal ainda não sabe quem foi o responsável por encontrar o gato, mas ainda tenta descobrir. Para ajudar nas buscas, eles ofereceram R$ 5 mil a quem encontrasse o felino. "Eu não sei exatamente como aconteceu. Estamos tentando localizar (a pessoa), se não acharmos vamos doar para alguma ONG de proteção animal", conta.
Sumido no desembarque
Na sexta-feira passada, Elaine e Zuntini vinham de um voo de Dallas, nos Estados Unidos, e, ao pegarem a bagagem, perceberam que a gaiola do felino estava vazia. "Quando descemos da aeronave, perguntamos pelo nosso gato e nos mandaram esperar na esteira por onde vêm as malas.
"Após quatro horas, apareceu a gaiola, mas quebrada e sem ele dentro", contou Elaine. "Ele dormia no nosso colo todo dia. Ficava com a gente o tempo todo", afirmou Zuntini. Os donos pediram ajuda à Polícia Federal (PF) e conseguiram entrar na pista. Lá, ouviram relatos de que o gato fugiu assim que um funcionário abriu a porta da aeronave.
O casal decidiu divulgar a história nas redes sociais e criou a página "Procurando Louis" no Facebook. A dona conta que, após a repercussão, a American Airlines começou a ajudar a procurar o felino.
Após uma reunião com a empresa aérea e o GRU Airport, empresa que administra Cumbica, eles tiveram acesso às câmeras de segurança e conseguiram traçar um possível caminho que o gato teria feito.
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