A origem das férias de trabalho está intimamente relacionada à Revolução Industrial, ocorrida inicialmente na Inglaterra do século 18. Com a criação das primeiras máquinas industriais, homens, mulheres, velhos e crianças trabalhavam até 18 horas por dia em condições precárias nas fábricas inglesas. Em 1784, os trabalhadores se rebelaram com tal situação e lançaram a Petição (ou Carta) dos Direitos, em que faziam uma série de reivindicações, inclusive o pedido de descanso remunerado. "Não era ainda um período de férias de 30 dias, como é hoje, mas foi a primeira vez em que se falou de férias para trabalhadores", afirma a historiadora Zilda Gricoli Iokoi, da Universidade de São Paulo. "O descanso para as elites, no entanto, já existia há muito tempo, já que era costume da nobreza tirar férias e refugiar-se em casas de campo", diz.
No Brasil, as férias trabalhistas começaram a ser discutidas nos anos 1920, mas só foram definitivamente oficializadas com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1943. O período de férias, bem como a duração da jornada de trabalho, varia muito entre os países. Assim, enquanto os brasileiros desfrutam de 30 dias de férias por ano, os japoneses, os belgas e os italianos só têm direito a cerca de 20 e os alemães e austríacos, a 40 dias.
(texto publicado na revista Vida Simples nº 43 - julho de 2006)
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