domingo, 28 de dezembro de 2014

Uma história de amor: o gatinho imigrante que tem passaporte


A crueldade humana é capaz de nos surpreender a cada dia. Todos os dias acompanhamos no noticiário histórias de maus tratos com animais e pessoas. A sorte é que no caminho contrário, há pessoas com coração tão bom que são capazes de fazer loucuras para uma boa causa.

Andando pelas ruas de Madrid, Roberto encontrou uma ninhada de gatinhos na lata do lixo. Suas amigas pegaram alguns e ele pegou Xorxe, dando início a uma verdadeira história de amor. O bichano doente precisou ser alimentado de mamadeira e recebeu tratamento de saúde. Mas logo que o Xorxe ficou bom. Roberto Marinotti recebeu uma proposta de ir para a Alemanha, onde não poderia levar o felino.

A opção mais simples, por incrível que pareça, foi pedir ajuda para sua mãe, Sandra Marinotti, aqui no Brasil. O amor pelo gatinho estava superando as barreiras internacionais, pois Sandra precisou realizar uma sequência de trâmites burocráticos exigidos pela legislação da Espanha, entre eles, um atestado do Centro de Zoonoses do país, tirar um passaporte, além de vacinas e uma passagem de 200 Euros para ele viajar. Chegando ao Brasil, teriam de dar baixa no chip que Xorxe recebeu, mas não foi possível, o sistema brasileiro não está munido de equipamentos tão evoluídos.

Ainda bem que a história teve final feliz, com a atitude persistente de uma família que não precisa provar para ninguém que adora e protege os animais. Se você precisa ou quer viajar com o seu, confira algumas dicas!

Dicas para viajar com o seu Pet

Procure programar sua viagem de férias com os bichinhos em dias de menor movimento e atente para as regras de cada companhia aérea, pois elas aceitam transportar animais desde que sejam respeitadas as normas de importação, exportação e trânsito de animais.

Eles devem viajar dentro de caixas especiais no compartimento de bagagem, mas filhotes, animais pequenos e cães de auxílio a deficientes visuais ou auditivos podem viajar ao lado do passageiro.

É essencial obter os dados sobre os documentos exigidos no consulado do local de destino e na companhia aérea antes de pensar em levar o animal. São necessários atestado de saúde fornecido pelo veterinário três dias antes da viagem e certificado de vacinas.

Em viagens internacionais também é necessário apresentar o atestado Certificado Zoo Sanitário Internacional, emitido pelo Ministério de Agricultura. Para evitar transtornos, também é recomendável se informar no consulado do país de destino sobre outras exigências como visto e passaporte.

Países da Europa em geral, solicitam um exame sorológico para confirmação da vacinação anti rábica. Há ainda restrição quanto ao número de animais que estão imigrando em alguns países. Informe-se antes de viajar para evitar surpresa no desembarque.

Os animais devem ser transportados em caixas de fibra com tamanho suficiente para que possam efetuar o movimento de 360 graus em seu interior. Se a viagem tiver mais de 12 horas, é necessário que haja compartimento para água e comida. É bom informar-se com a empresa aérea sobre o tamanho permitido.

As empresas explicam que o local de carga da aeronave possui condições ambientais similares às da cabine, não sendo necessário tapar os ouvidos do animal com algodão. Isso sim pode incomodar o bicho, se a viagem for longa.



(texto publicado na revista Tudo nº 36 - janeiro de 2014)






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