quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Como fazíamos sem...inseticida?


O homem já era um matador de insetos antes mesmo de ser homem

No princípio, havia o tradicional tapa para matar mosquitos. Mas os repelentes de insetos surgiram assim que dominamos o fogo - e isso aconteceu há 700 mil anos, ainda com o Homo erectus, isto é, antes de o ser humano chegar à forma atual. Desde que somos gente, a fumaça tem ajudado a espantar mosquitos e outros bichos que incomodam.

Relatos do historiador grego Heródoto revelam a queima de óleo de mamona e o uso de redes anti mosquito no antigo Egito. Em Roma, aplicava-se uma mistura com vinagre, especialmente na cabeça e nos pés, e também se queimavam ervas, como o orégano e cominho-preto. Na China e no Japão, havia o incenso de crisântemo, que contém óleo de piretro, um inseticida redescoberto pela indústria e que hoje, em versão sintética, é matéria-prima de aerossóis. Os nativos americanos costumavam queimar raízes de vegetais. Os moradores das ilhas Salomão, no Pacífico, queimavam coco e folhas de mamão. Em Papua-Nova Guiné, incendiavam-se madeira de mangueiras e folhas de gengibre.

Os antigos detestavam os insetos tanto quanto nós, mas não entendiam nada sobre como eles transmitiam doenças. Durante o surto da peste negra (1348-1350), acreditaram que a doença era transmitida pelo ar, por meios dos "miasmas", ou maus ares - e não por pulgas infectadas, como de fato era. Se o ar ruim causava peste, perfumes eram considerados uma defesa contra ela. Entre os perfumes usados estava o de noz-moscada, presente em óleos,colares e máscaras. A planta contém eugenol e isoeugenol, dois repelentes de insetos, que mantinham as pulgas afastadas e salvavam seus usuários, por motivos que eles nem desconfiavam.




(texto publicado na revista Aventuras na História nº 12 - novembro de 2012)







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