As pernas estão entre as partes do corpo mais afetadas pela flacidez da pele. E esse problema normalmente vem acompanhado de acúmulo de gordura nas coxas, onde também há concentração de celulite. Fatores como falta de exercício físico, má alimentação, mudanças bruscas de peso ou problemas hormonais podem acelerar e acentuar a falta de elasticidade.
Para eliminar o excesso de flacidez, assim como dar fim a possíveis estrias na área a ser tratada, resgatando a beleza da pele, é possível recorrer ao lifting de coxas. Dependendo do caso, só a lipoaspiração local é capaz de remover a gordura e produzir fibrose necessária para um melhor reposicionamento da pele. Mas, no caso de pacientes que tenham flacidez acentuada ou que passaram por grandes processos de emagrecimento e que apresentam alto grau de acúmulo de tecido cutâneo sem elasticidade na parte interna da coxa - podendo resultar em assaduras e desconforto - e que já passaram dos 40 anos, o mais indicado é o lifting.
A retirada da pele em excesso, que pode ser da face interna da coxa até o joelho ou somente da parte superior, próxima às coxas, dá mais qualidade de vida e bem-estar ao paciente, especialmente os que sofrem com o atrito na área. Assim, além de melhorar a parte estética e a dificuldade de caminhar, pode-se evitar problemas como a foliculite (inflamação do folículo piloso).
Nesse tipo de cirurgia plástica, na maioria dos casos é usada a anestesia peridural, mas pode optar-se também pela geral ou local com sedação. Existem algumas variações técnicas para moldar as pernas em relação ao desenho da área de resseção, sendo uma ao longo da virilha (indicado apenas para flacidez menor) e outro que forma um "T" ou "L", que engloba a virilha e a porção interna da coxa, variando a extensão conforme o grau de flacidez. A cicatriz é posicionada na parte interna das coxas para se tornar menos visível, sendo o tamanho do corte variável de acordo com cada caso, mas girando em torno de 10 a 30 centímetros.
No pós-operatório, devido à sensibilidade do local, é indicado que sejam feitos poucos movimentos no período de duas a três semanas, para evitar o atrito e a tração da área de sutura. A boa recuperação requer ainda muito cuidado com a higiene. A região em que é feita a plástica tem maior sudorese por estar entre dobras da pele, por isso é preciso mantê-la bem seca.
O tempo para recuperação é de 45 dias a três meses. São contraindicadas a prática de atividades físicas e esportivas no primeiro bimestre. O resultado definitivo é atingido após seis meses, tempo necessário para a acomodação dos tecidos e amadurecimento da cicatriz. Nessa fase é interessante incluir a drenagem linfática para amenizar o inchaço. Para manter o novo contorno das pernas é necessário equilibrar o peso e incluir um programa frequente de atividade física. Tratamentos com aparelhos que estimulem a retração de pele também favorecem o resultado atingido.
(texto publicado na revista Contigo!)
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