Nome: André Ricardo Gravatá
Profissão: jornalista
Atitude transformadora: criou a Virada Educação, com mais de sessenta atividades, que ocorrerá no próximo sábado (17)
Iniciativa inédita na capital, a primeira edição da Virada Educação está programada para o próximo sábado (17), das 9 às 17 horas, antes do início da Virada Cultural. Serão mais de sessenta atividades em nove espaços no entorno da Praça Roosevelt, como a sede da companhia teatral. Os Satyros e o centro cultural Casa Amarela. A expectativa é que 3.000 crianças, adolescentes e adultos participem de cursos e diálogos. Entre eles, um sarau infantil na Escola Estadual Caetano de Campos, uma oficina de skate e caminhadas educativas, como a que vai visitar os locais por onde passavam rios na região central, hoje soterrados por construções. Haverá ainda uma feira de troca de brinquedos na Escola Municipal Gabriel Prestes. O evento é a primeira ação do Movimento Entusiasmo, projeto criado no fim do ano passado e encabeçado pelo jornalista André Ricardo Gravatá. "O objetivo é ampliar o ensino da sala de aula e levá-lo para a rua, pois não há local certo para aprender", afirma.
Filho de uma costureira e um pedreiro, ele frequentou seis instituições da rede pública de Embu das Artes e Taboão da Serra. Em vez de letras e números, suas lembranças dos tempos de escola são as duras palavras de um cético professor: "Ainda verei meus alunos nas páginas policiais dos jornais". Contrariando essa previsão, Gravatá conseguiu uma bolsa para cursar jornalismo na PUC-SP, onde se formou em 2011. No ano seguinte, criou o Coletivo Educ-Ação e passou a promover dinâmicas e discussões sobre o tema em colégios da capital. "É uma grande motivação batalhar para mudar uma situação", afirma. Em 2013, em conjunto com três colegas, escreveu o livro Volta ao Mundo em 13 Escolas, com tiragem de 2.500 exemplares distribuídos gratuitamente e mais de 10.000 downloads na internet. A obra apresenta experiências alternativas em nove países, fruto de visitas a colégios e faculdades de diversas regiões do planeta, como a Riverside School, na Índia. "A sala de aula ainda é o local para aprender, mas isso pode ocorrer de forma mais atraente e criativa", diz.
(texto publicado na revista Veja São Paulo de 14 de maio de 2014)
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