Repara imperfeições no maxilar e dos dentes devolvendo a harmonia do rosto
Queixo alongado ou pequeno, sorriso gengival e face curta são algumas descrições ligadas à estrutura facial e anomalias dos maxilares que, na maioria das vezes, afetam a mordida e causam dores de cabeça e nas articulações da mandíbula e até dificuldade de mastigação. Essas distorções podem ser corrigidas com uma cirurgia chamada ortognática, aliada ao uso de aparelhos ortodônticos, conforme explica o cirurgião bucomaxilofacial José Flávio Torezan.
Como é feita a correção?
O procedimento corrige uma série de pequenas e grandes irregularidades do esqueleto e dos dentes. A cirurgia ortognática, realizada em ambiente hospitalar por um cirurgião bucomaxilofacial, realinha maxilares e dentes, melhorando funções como mastigar, falar e respirar. "Nesse tipo de procedimento, obrigatoriamente o paciente deve estar utilizando aparelho ortodôntico no pré e pós-operatório", esclarece Torezan.
Estética
Apesar do objetivo principal da cirurgia ser o de corrigir problemas funcionais, ela também melhora muito a aparência física do paciente. "A cirurgia para correção dos maxilares move dentes e ossos para posições mais balanceadas, funcionais e saudáveis. Alguns pacientes também experimentam melhoras significativas na sua aparência e em sua fala. O resultado pode trazer efeitos positivos em diversos aspectos da vida do paciente, melhorando a autoestima", explica Torezan.
Feita pelo SUS
Alguns hospitais públicos possuem o serviço de cirurgia bucomaxilofacial. É necessário que o paciente passe em consulta no Sistema Único de Saúde (SUS) com queixa funcional, como dificuldades de mastigação, dores na face e de cabeça, alterações importantes da respiração e da fala. "Quando a queixa é somente estética, esse tipo de cirurgia não é realizado pelo SUS", alerta o cirurgião.
Fatores que indicam necessidade de cirurgia
- Dificuldades para mastigar;
- Dificuldade para engolir;
- Dores crônicas nos maxilares ou nas articulações dos maxilares e dores de cabeça;
- Desgastes excessivos dos dentes;
- Mordida aberta (espaços entre os dentes de cima e de baixo quando a boca está fechada);
- Aparência desequilibrada da face vista de frente ou de lado;
- Lesões ocorridas na face ou defeitos de nascença;
- Queixo retraído;
- Maxilares salientes;
- Incapacidade para fazer os lábios se encontrarem sem precisar fazer esforço;
- Respiração crônica pela boca;
- Apneia do sono.
Mitos e verdades (consultoria: Mario Groisman, cirurgião-dentista)
Cigarro causa gengivite?
Verdade: a nicotina presente no cigarro favorece o crescimento de bactérias.
A escova elétrica é mais eficaz do que a manual?
Mito: a escovação elétrica é tão eficiente quanto a manual.
Goma de mascar sem açúcar auxilia contra as cáries?
Mito: apesar de não conter açúcar, o produto não contribui para combater a cárie dental.
Tomar refrigerante em excesso pode escurecer os dentes?
Verdade: a maioria dos refrigerantes traz corantes, especialmente os à base de cola.
Escova com cerdas duras limpam melhor?
Mito: o modelo da cabeça interfere mais. O ideal são as cabeças quadradas de cerdas médias.
(texto publicado na revista Malu nº 664 - ano 17 - 19 de março de 2015)
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