Veterinários brasileiros testam dispositivo que libera um remédio direto no olho do cachorro, garantindo uma boa recuperação após a cirurgia
Para que o procedimento contra a catarata em cães seja um sucesso, é necessário driblar encrencas comuns no pós-operatório. "Seus olhos são muito suscetíveis a inflamações nesse período", diz o veterinário José Luiz Laus, professor da Universidade Estadual Paulista, a Unesp, em Jaboticabal. Por isso, ele e um time de cientistas testam a implantação de uma pequena cápsula biodegradável - desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais - no globo ocular dos bichos. Quase imperceptível, sua função é soltar, aos poucos, drogas que minimizam as reações adversas da operação. "O tratamento reduziu o risco de inflamações e agilizou a recuperação", conta o especialista. O dono também sai ganhando, já que fica livre de pingar gotas e mais gotas de colírio no pet. Fora que não precisa se preocupar com a retirada do dispositivo: ele é absorvido pelo organismo do cachorro em três meses.
O que é a catarata
A doença caus diminuição ou perda total do cristalino, a lente natural do olho - aí a visão embaça. O problema é resolvido com cirurgia. Vale ressaltar que as raças cocker e poodle costumam ser as mais acometidas pela chateação.
Sinais de alerta
Infelizmente, não dá para prevenir a catarata. Mas pelo menos é possível flagrá-la precocemente. Um sintoma bem comum é a mudança na cor dos olhos, que ficam esbranquiçados. Também é normal ver os bichos tropeçando em objetos e subindo escadas com dificuldade.
(texto publicado na revista Saúde é vital nº 382 - outubro de 2014)
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