quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Coceira lá embaixo?! - Marília Medrado


Xiii, pode ser candidíase! A doença, que causa um incômodo danado na região da vagina, pede atenção especial no verão - época em que nossa imunidade costuma cair

Quem já teve candidíase, uma infecção causada por fungos, sabe o desconforto que é a coceira intensa lá na zona sul. Isso sem falar no corrimento branco e em grumos, parecido com nata de leite, no ardor para urinar e a na dor ao transar. "Estima-se que uma em cada três mulheres terão candidíase ao menos uma vez na vida", diz o ginecologista Eliseu Tirado, do Hospital Bandeirantes, em São Paulo.

A maioria dos casos é provocada pela Candida albicans, fungo oportunista que, achando as condições certas, ataca sem dó nem piedade! Como no verão nossa imunidade costuma baixar, é preciso atenção redobrada. Pensando nisso, elaboramos um manual rápido para você prevenir o problema.

Alerta no verão

A candidíase ocorre em qualquer época do ano. Porém, como é uma doença oportunista, pode se aproveitar do fato de comermos mal no verão.

Com nosso corpo vulnerável, o fungo ataca! Além disso, a ginecologista Silvana Quintana ressalta que a vagina é uma cavidade úmida e quente, ambiente perfeito para a proliferação do problema. "No verão, isso se acentua", diz.

Embora não provoque diretamente a candidíase, o tão criticado biquíni molhado tem lá sua parcela de culpa... "A roupa úmida pode facilitar a proliferação de fungos, entre eles a Candida, mas desenvolver a doença dependerá mais da predisposição de cada um. Há quem passe o dia com o biquíni molhado e não tenha nada", afirma Silvana. Por uma questão de higiene e prevenção, tire o biquíni ao chegar da praia ou da piscina e use roupas frescas e pouco apertadas.

Para não ter o problema evite:

Protetor diário

Eles abafam a região vaginal, que precisa ventilar. "Além de poder causar reações alérgicas por causa de perfumes e outros componentes, eles aumentam a temperatura local, o que facilita a infecção", alerta Silvana. Segundo a ginecologista, por achar desconfortável que secreções vaginais molhem a calcinha, muitas mulheres usam esse tipo de absorvente. Mas o fato é que o tiro pode sair pela culatra.

Roupas justas e calcinhas sintéticas

É o mesmo caso do protetor íntimo, pois abafam a região da vagina. Então, aproveite o calorão e use e abuse de vestidos e saias, deixando a área ventilar. "O ideal é dormir sem calcinha e, ao usá-las, optar por modelos de algodão", diz Tirado.

Sexo sem camisinha

Transar sem proteção transmite não só o fungo da candidíase como também DSTs, como o HIV. Por isso, use preservativo sempre.




(texto publicado na revista Viva! Mais nº 794 - 19 de dezembro de 2014)








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