A intolerância é a mãe de todas as outras violências. O que causa um estupro ou um assédio sexual de qualquer natureza? A intolerância - algumas vezes até velada - de alguns homens em relação às suas vítimas.
O machismo que existe em todo o mundo, não só no Brasil, é fruto da intolerância, sim. Essa intolerância que faz com que os homens - e também muitas mulheres - acreditem que elas são inferiores e que merecem ser subjugadas a qualquer preço.
Sejam as proibições de uma religião, sejam os "manuais de conduta da mulher recatada", sejam os comentários numa festa ou mesmo na rua.
A mulher sofre.
E não interessa que o mundo está em pleno século 21. Em alguns momentos, é como se ainda vivêssemos na Idade Média, quando as mulheres que ousavam sair um pouco da curva eram queimadas como bruxas.
Hoje, as "bruxas" não têm direito de reclamar ao serem estupradas, se não estiverem usando a roupa "adequada". Pelo menos é o que pensam 30% dos entrevistados de uma pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Detalhe: fatiando os pesquisados entre gênero, descobre-se que 30% das mulheres também consideram que não pode reclamar do estupro a mulher que não se veste adequadamente.
As próprias mulheres não toleram as diferenças entre si. Existe um padrão que precisa ser o limitador de todas as moças "direitas", "boas para casar". Se a colega sai pela borda, começa o julgamento. "Perdida", "piriguete", entre tantos outros adjetivos são usados para classificar essas "erradas".
O julgamento é um costume tão forte, que é bom lembrar aqui de uma moça que foi apedrejada há mais de 2 mil anos. Uma "tal" de Maria Madalena. Eis que Jesus Cristo deu um sermão no povo, e disse que não devemos julgar. Porque é preciso tolerar.
Desde aquele tempo, o que a humanidade aprendeu?
Mudaram as pedras, mas elas continuam na mão de quem acha que uma mulher não pode reclamar se for estuprada - só pela roupa que ela estava usando na ocasião.
Todos os seres humanos merecem respeito. Absolutamente todos. Em qualquer situação. Nunca se justifica uma agressão. Nenhuma agressão.
Se você pensa serem elásticas essas definições, você precisa rever seus conceitos. Prestar atenção nas suas crenças mais íntimas e ver onde brota a sua indiferença. Esse é o primeiro passo para efetuar a mudança que você precisa fazer.
Porque em algum momento você vai ter de escolher se vai semear e espalhar o respeito ou o contrário. Depende só de você.
Sejam as proibições de uma religião, sejam os "manuais de conduta da mulher recatada", sejam os comentários numa festa ou mesmo na rua.
A mulher sofre.
E não interessa que o mundo está em pleno século 21. Em alguns momentos, é como se ainda vivêssemos na Idade Média, quando as mulheres que ousavam sair um pouco da curva eram queimadas como bruxas.
Hoje, as "bruxas" não têm direito de reclamar ao serem estupradas, se não estiverem usando a roupa "adequada". Pelo menos é o que pensam 30% dos entrevistados de uma pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Detalhe: fatiando os pesquisados entre gênero, descobre-se que 30% das mulheres também consideram que não pode reclamar do estupro a mulher que não se veste adequadamente.
As próprias mulheres não toleram as diferenças entre si. Existe um padrão que precisa ser o limitador de todas as moças "direitas", "boas para casar". Se a colega sai pela borda, começa o julgamento. "Perdida", "piriguete", entre tantos outros adjetivos são usados para classificar essas "erradas".
O julgamento é um costume tão forte, que é bom lembrar aqui de uma moça que foi apedrejada há mais de 2 mil anos. Uma "tal" de Maria Madalena. Eis que Jesus Cristo deu um sermão no povo, e disse que não devemos julgar. Porque é preciso tolerar.
Desde aquele tempo, o que a humanidade aprendeu?
Mudaram as pedras, mas elas continuam na mão de quem acha que uma mulher não pode reclamar se for estuprada - só pela roupa que ela estava usando na ocasião.
Todos os seres humanos merecem respeito. Absolutamente todos. Em qualquer situação. Nunca se justifica uma agressão. Nenhuma agressão.
Se você pensa serem elásticas essas definições, você precisa rever seus conceitos. Prestar atenção nas suas crenças mais íntimas e ver onde brota a sua indiferença. Esse é o primeiro passo para efetuar a mudança que você precisa fazer.
Porque em algum momento você vai ter de escolher se vai semear e espalhar o respeito ou o contrário. Depende só de você.
(texto publicado na Folha do Ônibus nº 742 - ano XXI - 23 a 29 de setembro de 2016)
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