Nome: Claudio Len
Profissão: pediatra
Atitude transformadora: fundou uma ONG que auxilia anualmente mais de 1 300 crianças e jovens com doenças reumáticas crônicas
O pediatra Claudio Len, de 51 anos, tem uma rotina bastante atarefada. Além das atividades em sua clínica particular, nos Jardins, divide o tempo entre as aulas que ministra na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o trabalho no centro de saúde público ligado à entidade de ensino, o Hospital São Paulo. Como se não bastasse, é presidente de uma ONG idealizada por ele mesmo. Sua experiência com crianças e adolescentes portadores de doenças reumáticas crônicas, que limitam os movimentos dos afetados, prejudicam órgãos e não têm cura, motivou-o a tomar uma atitude para melhorar a vida desses jovens. O profissional fundou, em 2001, a Acredite - Amigos da Criança com Reumatismo. Para sediar o projeto, alugou duas casas vizinhas na Vila Clementino, com oito consultórios no total. Elas são próximas ao Hospital São Paulo, parceiro da instituição onde se realizam os tratamentos e o atendimento.
Ali, a família dos pacientes, em geral carente, recebe auxílio extra. "Percebi que os cuidados deveriam ir além das receitas médicas", lembra o pediatra. Há desde consulta gratuita com psicólogos até o fornecimento de transporte e medicação, mais o encaminhamento a moradias provisórias para aqueles de fora da cidade. A entidade proporciona ainda o acompanhamento de fisioterapeutas e dentistas - alguns remédios podem causar cárie - e a distribuição de protetor solar a portadores de lúpus, enfermidade reumática que afeta a pele. Mantida por doações e com a renda de eventos beneficentes, a organização, que requer 85.000 reais mensais, conta atualmente com a ajuda de 45 pessoas, vinte deles voluntárias, incluindo o próprio Len. Entre suas realizações, está a reforma feita pelo grupo em 2014, de uma sala do hospital onde os jovens recebem medicação. Anualmente, mais de 1.300 pacientes são auxiliados. "Eu trabalho para que as famílias não precisem se preocupar com problemas além da doença em si", afirma o fundador da ONG.
(texto publicado na revista Veja São Paulo de 27 de julho de 2016)
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