sábado, 15 de outubro de 2011

Diário de vida - Feliz Dia dos Professores!!!!

Não me lembro muito bem de todos os meus professores, mas uma me marcou em especial, a professora Zilda que ensinava inglês. O meu primeiro contato com língua estrangeira foi com o japonês e até aos 7 anos dentro de casa pelo menos não falávamos em português. Depois na 5ª e 6ª séries foi o francês e a partir da 5ª série até o 3º colegial, o inglês.  A professora falava o tempo todo nessa língua  e as minhas notas eram altas. Além de ter me identificado com a língua eu tinha uma ajuda extra fundamental:  como meu namorado estava um ano adiantado quando a professora explicava a matéria eu já sabia. Por outro lado, em relação a matérias como matemática, física e química tive muita dificuldade, mas nunca fiquei de segunda época. A relação com a nossa língua mãe era ótima e por isso era boa em redação, cuja nota foi fundamental quando fiz vestibular pela Fuvest. Sempre tive muito respeito pelos professores e talvez por isso exijo a mesma coisa por parte de meus alunos.

Eu nunca pensei em ser professora e muito menos de italiano. Sei que coincidências não existem, mas o fato é que o meu primeiro emprego aos 17 anos foi em uma revista missionária administrada por padres italianos. No ano seguinte ingressei no curso de Letras (japonês e francês), mas não me identifiquei com o japonês e após insistir um pouco prestei vestibular de novo e peguei a primeira opção que foi o francês e pude escolher como segunda língua o italiano. O meu amor pela língua de Dante foi surgindo aos poucos, eu ouvia os padres conversando entre eles e gostava muito da sonoridade e da melodia. O primeiro chefe me deu no dia da secretária um livro sobre Roma que guardo até hoje e o segundo começou a me ensinar italiano, na verdade, ele me fazia anotar frases das quais me lembro até hoje. Tenho que acrescentar que enquanto ainda estava estudando japonês decidi frequentar como ouvinte o curso de italiano. Gostava tanto que era mais aplicada do que os alunos regularmente inscritos. Paralelamente ao curso de graduação fiz os 2 anos de licenciatura em francês e em italiano.

Eu me lembro que quando ingressei no curso de  italiano as pessoas me perguntavam o que eu iria fazer depois que me formasse.  Eu sempre respondia que não sabia, mas prometi para mim mesma na época  que iria viver do meu diploma e isso acontece há 24 anos. Se quisesse contar todos os "causos" de meus alunos teria que escrever um romance, por isso deixarei para uma outra vez. O que gostaria de registrar é que, apesar de ser uma profissão importantíssima, o ofício do professor continua a não ser valorizado como deveria, mas apesar de tudo amo o que faço. E pude constatar que o tradutor (sou tradutora também) é ainda menos considerado. Para traduções juramentadas existe a tabela da Jucesp, mas para as simples as pessoas querem pagar pouco e geralmente querem o trabalho com urgência.

Bom, desejo um Feliz Dia dos Professores a todos os meus colegas!!!

Abraços


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