sábado, 15 de outubro de 2011

Diário de vida - Reflexões em um dia de chuva (Chris Allmeida)


Em um sábado chuvoso como hoje e sem compromissos urgentes, não há nada melhor do que ficar em casa e continuar a fazer a "lição de casa", ou seja, a faxina exterior (juntamente com a interior). A primeira tarefa do "projeto 7 de setembro" de Chris Allmeida  foi criar um blog. Como sempre tive resistência à Internet achei que iria ser uma missão difícil de cumprir, mas aos poucos comecei a postar material e estou curtindo muito fazer isso. E retomei o hábito de escrever.

Hoje mais do que nunca São Paulo faz juz ao seu título de "terra da garoa". Como professora de italiano o meu sonho era conhecer a Itália. Consegui visitar 15 das 20 regiões.  Além da Itália conheci a França, a Alemanha e o Japão. Toda vez que visitamos um outro país acabamos fazendo uma comparação com o Brasil. A Itália é um museu a céu aberto, Paris é mesmo a "cidade luz", a Alemanha vale muito a pena visitar e o Japão é um país povoado por gente civilizada, bem educada onde tudo funciona perfeitamente. Deixarei para falar dessas viagens com mais detalhes em uma próxima postagem.

E São Paulo ? Conhecida como a cidade trabalho ela é sempre comparada com o Rio de Janeiro, a "cidade maravilhosa". Entre as muitas diferenças entre as duas cidades, uma delas é o fato do Rio ter sido capital do país. E tive essa constatação quando visitei Roma, Paris e Tóquio. Há um investimento na urbanística das cidades que foram ou são sede do governo porque são cartão de visita do país. Pude perceber isso quando fui visitar meus parentes em Kyoto que foi capital do Japão por quase mil anos antes da sede do governo ser transferida para Tóquio.

E apesar de ter conhecido tantas cidades lindas, São Paulo é a cidade onde nasci, cresci e continuo vivendo. E aprendi a amá-la do jeito que ela é, do mesmo modo que aprendi a me amar e me aceitar porque "eu sou tudo que tenho". São Paulo não é uma cidade que provoca um amor à primeira vista, é preciso voltar uma segunda, uma terceira vez para descobri-la e ver quantas coisas legais temos por aqui.

Foi muito interessante o que fiz antes de receber a visita de um amigo italiano. Reservei um domingo e sai cedinho de casa e fui para o centro da cidade e a percorri fazendo de conta que não era uma paulistana. Fui ao Pátio do Colégio onde tudo começou, ao Mercado da Cantareira, à Praça da Sé, à Catedral, à Praça da República, à Igreja da Consolação, à Liberdade. No dia do passeio propriamente dito fomos também ao terraço do então "Banespa" tanto no prédio da XV de Novembro quanto no do Viaduto do Chá. E jantamos no terraço do Edifício Itália. Eu o levei até o Instituto Butantã e passeamos um pouco pela USP. Mas existe um lugar que se tornou ponto turístico a partir de 1994: o túmulo do inesquecível Ayrton Senna da Silva. A primeira vez que estive lá foi para levar um italiano para o qual estava trabalhando como intérprete. Como acabamos cedo as visitas às empresas ele quis ir ao cemitério do Morumbi. E tem sido assim desde então: vou lá para levar alguém de fora, inclusive o meu primo japonês. E fiquei sabendo que os japoneses vêm em caravana para visitá-lo tanto no dia de seu nascimento (21 de março) quanto no dia de sua morte (1º de maio). E no autódromo do Japão fizeram um museu em sua homenagem.  

Não tenho formação como guia turística, mas acho que me virei bem contando um pouco da história dessa cidade.






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