quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A receita da aposentadoria saudável - André Biernath


Deixar o emprego para curtir a vida após os 60 também pode trazer ganhos à saúde - só é preciso saber como

Após décadas de labuta, chega a hora de pendurar as chuteiras. Mas será que a cabeça e o corpo tiram proveito dessa nova fase? Um levantamento recém-concluído pela Universidade de Sydney, na Austrália, responde que sim. O tempo livre é capaz de elevar a qualidade de vida entre os mais velhos. Os estudiosos analisaram os hábitos de 25 mil pessoas por três anos. Durante o período, 11% dos indivíduos pararam de trabalhar. Entre essa turma, a temporada de descanso trouxe um monte de vantagens. Os aposentados passaram a praticar 93 minutos a mais de atividade física por semana, dormiam 11 minutos adicionais por noite, ficavam 67 minutos a menos sentados por dia... Metade das mulheres fumantes largou o vício! "Temos de pensar na aposentadoria como o começo de uma vida de liberdade e novas oportunidades", reflete a epidemiologista Melody Ding, que assina o trabalho. Só que é preciso evitar armadilhas: muita gente, por exemplo, entra em depressão logo após largar o batente. "Por isso é fundamental manter relacionamentos com amigos e familiares para que essa transição seja feita de maneira tranquila", orienta Thaís Araújo de Carvalho, mestranda em gerontologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Mudança de vida

Alguns hábitos tornam a aposentadoria mais proveitosa

Laços sociais

Cultive as amizades de longa data e esteja aberto para conhecer novas pessoas.

Exercício físico

Esportes mantêm a cuca e o corpo tinindo. Opte pela sua modalidade preferida.

Vigor mental

Aproveite para se matricular naquele curso que você sempre sonhou em fazer.

Sedentarismo

Não passe o dia sentado no sofá. Organize uma agenda de compromissos.

Sono

Não exagere nas horas sobre o travesseiro - mas curta aquela soneca vez ou outra.

Alimentação

Aposte numa dieta rica em frutas e verduras. Que tal arriscar receitas diferentes?



(texto publicado na revista Saúde é vital nº 403 - maio de 2016)

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