A menopausa é definida como a falência dos ovários na produção dos hormônios estrógeno e progesterona. Clinicamente, é observada após a ausência de menstruação depois de um ano e na grande maioria das mulheres acontece entre os 45 e 50 anos de idade.
Os principais sintomas que podem ocorrer são fogachos (ondas de calor), insônia, alteração da textura da pele e dos cabelos, queda de cabelo, diminuição da libido, diminuição da lubrificação vaginal, alterações de humor (principalmente depressão) e dores articulares.
A mulher deve fazer um acompanhamento rigoroso nessa fase da vida para verificar a presença e a intensidade dos sintomas, e a necessidade de uma terapia de reposição hormonal, principalmente em quem os efeitos da menopausa são bastante intensos. A consulta ao ginecologista idealmente deve ser semestral durante o climatério (pré-menopausa) e a menopausa, para controle dos sintomas e tratamento a fim de ajustar as terapias instituídas.
A falta do estrógeno que ocorre na menopausa pode ocasionar problemas em vários órgãos na mulher. Nos ossos ocorre uma diminuição da produção óssea e da absorção do cálcio, o que causa o desenvolvimento da osteopenia ou ainda, osteoporose.
Os níveis de colesterol tendem a aumentar nas mulheres na menopausa. A associação a outros fatores como tabagismo, obesidade, sedentarismo, estresse e excesso de consumo de sal aumentam o risco de acidentes vasculares cerebrais e problemas cardiovasculares.
Alterações de humor também são frequentes nessa fase da vida. Depressão e ansiedade são as queixas mais frequentes. Verifica-se ainda muita diminuição da libido na menopausa. Isso ocorre porque, além da ausência de produção de estrógeno e de progesterona, há também queda da produção de testosterona, responsável pelo desejo sexual. Ocorre concomitantemente diminuição da lubrificação vaginal, causando dor no início da relação sexual nessas mulheres.
Mas, para todos esses problemas há um tratamento específico. Atualmente há vários com medicações naturais, mas que proporcionam efeito reduzido ou demoram muito para agir no corpo da mulher. Eles podem ser utilizados em mulheres com poucos sintomas. Para melhorar a disposição geral e a libido, pode-se também fazer uso de medicações hormonais que aumentam os níveis de testosterona e tem ação bem mais rápida.
Para a dor na relação causada pela secura vaginal, recomenda-se o uso de cremes vaginais à base de estrógeno e/ou uso de lubrificantes vaginais na hora das relações.
Nas mulheres com queixa de alteração do humor, medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos podem ser uma boa solução. Ainda para a insônia, medicamentos indutores do sono ou naturais, como a melatonina, podem ser usados.
Na perda óssea, o uso de medicamentos que aumentem a produção do osso e diminuem a degradação (chamados bisfosfonatos), associados a uma dieta rica em cálcio e suplementada pelo uso da vitamina D, são medidas suficientes para manter ou melhorar a massa dos ossos.
Diante de sintomas severos, a terapia de reposição hormonal com estrogênios poderá ser recomendada a fim de melhorar todos esses sintomas.
(texto publicado na revista Contigo nº 2020 - 5 de junho de 2014)
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