Quando estou de manhã em casa costumo assistir ao "Encontro com Fátima Bernardes" que tem me agradado pelos temas abordados de um modo sério, mas leve. Esse formato de programa me lembra muito os que eu assistia na Itália, mas atualmente não tenho tido a paciência de vê-los, por causa dos assuntos que só falam da crise pela qual o país atravessa atualmente.
Entre os convidados do programa de hoje estava a jornalista Neide Duarte que falou sobre a sua carreira e a apresentadora Fátima Bernardes destacou (mostrando alguns vídeos) sobre o modo pessoal como ela faz as suas "passagens" durante as reportagens. Para quem não sabe, passagem é quando o repórter aparece na frente das câmeras.
Uma coisa que me chamou a atenção é que ela é bem cinestésica porque quando relatou sobre a primeira vez em que entrou em uma gráfica gostou muito do cheiro de tinta e depois quando cobriu a corrida de Fórmula 1 salientou o prazer de sentir o cheiro do combustível. E me identifiquei muito com ela: além de termos o mesmo nome, ela também tem cabelos curtos e não é magra.
Quando eu morava na Itália, mais precisamente em Senigallia, passeava uma tarde com a minha colega de trabalho no bar, a Pascal, e de repente senti um cheiro de "Brasil". Era uma loja de produtos típicos brasileiros: papagaios de madeira, redes, objetos em pedras, etc. O que me despertou a memória olfativa foi o cheiro da madeira com a qual tinham feito a escada, que tinha sido importada do Brasil.
Por isso é muito interessante quando ao assistirmos a um programa nos identificamos com algum entrevistado ou mesmo situação.
Entrevista com Neide Duarte no programa "Provocações".
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