terça-feira, 28 de outubro de 2014

Não precisa cortar de vez! - Katia Geiling


Muitos especialistas condenam a prática de eliminar totalmente o glúten do cardápio. Só de reduzir sua ingestão seu corpo já sentirá os benefícios

Cortar o glúten da alimentação virou quase um mandamento para pessoas que tentam perder peso. Não é à toa. Quando perguntamos para alguma famosa de corpinho enxuto o que ela faz para manter a forma, muitas vezes a resposta é: "Deixei de comer glúten". Essa moda tem preocupado especialmente todas as fontes dessa proteína (presente no trigo, na aveia, na cevada e no centeio), a pessoa até emagrece um pouco (afinal, deixa de comer pratos calóricos), mas pode ficar sem energia e com carência de fibras e vitaminas do complexo B. Na verdade, o que se deve fazer é apenas maneirar o consumo para não sobrecarregar o organismo. Entenda melhor a seguir.

1) Temos mesmo comido glúten à beça: é o pão no café da manhã, a bolachinha no lanche, o macarrão no almoço, a panqueca no jantar... "Algumas pessoas consomem alimentos com essa proteína, realmente difícil de ser digerida, em todas as refeições. Quem tem o organismo mais sensível pode sentir alguns desconfortos, como gases e inchaço abdominal. O ideal é encontrar um equilíbrio e ingerir fontes de glúten no máximo uma vez por dia. Pode ser no café da manhã ou no lanche da tarde por exemplo", sugere a nutricionista funcional Andrea Forlenza, da Nutrivie.

2) Se as paredes do intestino estiverem saudáveis, as chances de o glúten provocar desconfortos diminuem. Alimentos prebióticos e probióticos podem ajudar. Prebióticos são fibras não digeríveis que alimentam as bactérias do bem que vivem no intestino. Biomassa de banana verde e batata yakon são ótimas fontes. Já os probióticos contêm organismos vivos benéficos para a fibra intestinal. Você pode encontrá-los no iogurte natural, por exemplo.

3) Só precisa riscar de vez o glúten do cardápio quem tem doença celíaca, o problema que faz as células de defesa do intestino inflamarem, provocando sintomas variados, como diarreia e inchaço, e dificultando a absorção de nutrientes. O diagnóstico é feito com exames de sangue e biópsia do intestino.




(texto publicado na revista AnaMaria nº 942 - 31 de outubro de 2014)


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