Alguns bichos chegam a ter 95% do código genético igual ao nosso, mas, como vencemos a corrida evolutiva, às vezes nos esquecemos de como somos parecidos com indivíduos peludos ou cheios de pena
1) Embora a maioria dos animais tenha vários parceiros sexuais, há muitas espécies monogâmicas. Dizem que 90% das aves ficam com o mesmo parceiro a vida inteira, apesar de a traição também ser uma prática usual - pombos, por exemplo, adoram pular a cerca!
2) Mas a monogamia pode ser perigosa. Um estudo realizado em Gana analisou os hábitos de espécies que viviam na mesma reserva e percebeu que os animais com menos parceiras saiam mais de casa e, por isso, eram mais abatidos por caçadores. Sorte do búfalo africano, que tem até 15 "esposas".
3) Cachorros são capazes de fazer diagnósticos médicos. Uma pesquisa realizada na Universidade Kyushu, no Japão, mostrou que labradores treinados conseguem farejar amostras de urina e saliva e acusar doenças como câncer no intestino.
4) Alguns animais muito inteligentes, como chimpanzés, elefantes e golfinhos, são capazes não só de se reconhecer no espelho como são excelentes analistas de fisionomia. Chimpanzés, inclusive, costumam tapar o rosto diante do bando quando estão sentindo medo.
5) Falando em reconhecimento facial, assim como n´´os, animais da mesma espécie não se acham todos iguais. Ovelhas, por exemplo, - que parecem tão iguais, não é?! - reconhecem pelo rosto pelo menos outras 50 da mesma espécie.
6) Sabe aquele chorinho de cães e gatos quando estão com fome? Se sabe é porque o seu bichinho sacou que você é quem resolve o problema dele. Animais domésticos usam táticas para atacar diretamente o emocional daqueles que podem lhe dar comida.
7) Aliás, animais podem ser bem engenhosos para não morrer de fome. Há relatos de corvos em praias no norte da Europa que pegam conchas com o bico e as atiram contra pedras para que se quebrem e eles possam se alimentar com o recheio.
8) E também há solidariedade na bicharada. Fizeram o seguinte teste com macacos rhesus: quando apertavam um botão, ganhavam comida, mas, ao mesmo tempo, outro macaco tomava choque. Ao entender o mecanismo, um deles ficou 12 dias sem comer.
9) Outro teste colocou galinhas diante de dois botões: bicando o primeiro, elas ganhavam imediatamente um porção pequena de comida; já o segundo, uma porção farta após um tempo de espera. Logo, elas esqueceram o primeiro.
10) Nenhum bicho (além de nós, claro) é capaz de formar uma frase juntando palavras, mas muito conseguem entender e até falar muitas palavras. Um border collie chamado Chaser, por exemplo, identifica 1022 objetos pelo nome.
11) Apesar da expressão popular associar fatos improváveis com uma vaca tossindo - "nem que a vaca tussa!" -, saiba que vacas tossem sim e nem é tão incomum. Basta engasgar com o pasto e "cof-cof". E mais: quando contraem tuberculose, vacas tossem feito loucas!
12) Distúrbios psicológicos não são exclusivamente nossa. Cientistas já identificaram que ratos de laboratório ficam encolhidos no canto da gaiola após muitos dias encarcerados - não há comida nem estímulo sexual que os tire da depressão. Além disso, está cada vez mais claro que elefantes órfãos se tornam mais agressivos.
13) Embora não pareça, pinguins têm joelho. Como eles andam eretos e têm uma bela capaz de gordura e penas, a impressão é que eles têm perninhas muito curtas, sem articulações. Mas ali embaixo há não só joelho mas também um osso parecido com o nosso fêmur.
14) Os pinguins gentoo têm o hábito de pedir em casamento o companheiro que eles escolhem para dividir os sonhos. No lugar da aliança eles dão uma pedrinha com o bico. Isso é sinal de intenção de construir um belo lar, já que seus ninhos são feitos de pedrinhas empilhadas.
15) Os cavalos-marinhos adoram passear de rabinhos entrelaçados. Já as lontras dormem segurando a patinha do cônjuge para não se separarem durante o sono.
(texto publicado na revista Sorria para ser feliz agora nº 46 - nov/dez de 2015)
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