Estou postando outro email muito interessante que recebi do André Lima, terapeuta de EFT (Acupuntura emocional sem agulhas).
Certo dia recebi um email que dizia o seguinte:
"Entrei no seu site, li o seu manual (manual gratuito da EFT), mas fiquei muito decepcionada com tudo o que vi. A impressão que eu tive foi a de que encontrei mais uma pessoa querendo se aproveitar do sofrimento alheio para ganhar dinheiro. É o que mais existe nesse mundo capitalista! E você nem tem vergonha em dizer que é engenheiro mas que leu e assistiu a vídeos, achando-se apto a aplicar uma técnica que consiste em meditar sobre momentos que possivelmente foram traumáticos na vida da pessoa, e depois aplicar técnicas de "acupuntura" sem agulhas.
Você se apropriou de conhecimentos milenares que estão em qualquer livro de medicina oriental ou budismo e pretendeu ganhar dinheiro com isso? é, no mínimo esperto, pena que para o lado mal... É realmente muito lamentável!"
As crenças que carregamos nos fazem enxergar e julgar o mundo de uma determinada maneira. Observe as crenças que estão aparecem explicitas ou implicitas:
Quem cobra para fazer trabalhos emocionais está ganhando dinheiro com o sofrimento dos outros / Esses trabalhos tem que ser gratuitos / trabalhos "de ajuda" tem que ser gratuitos / o mundo é egoísta e capitalista ("capitalista" se torna sinônimo de algo ruim) etc...
E o interessante é que ela leu um texto gratuito, pegou o manual gratuito para se ajudar (e que realmente ajuda, desde que a pessoa faça é ensinado nele!) mas não viu isso como uma coisa boa. Suas crenças fizeram com que ela observasse a realidade de uma outra forma, chegando até a distorcê-la. Observe a frase:
"Você se apropriou de conhecimentos milenares que estão em qualquer livro de medicina oriental ou budismo e pretendeu ganhar dinheiro com isso".
Como se fosse realmente possível alguém se apossar e monopolizar um conhecimento gratuito e proibir outros de usar sem pagar. Através das nossas crenças, vemos aquilo que as emoções nos dizem, e não a realidade. E todos nós fazemos isso (eu me incluo nessa), em maior ou menor grau. Eu respondi ao email agradecendo a opinião sincera. É bom saber sobre essas crenças.
Todas as vezes que julgamos e criticamos, fazemos isso através do nosso filtro emocional que analisa o que acontece e diz se é errado ou certo, bom ou mau, bonito ou feio. E quando estamos sobre o efeito desse filtro, buscaremos várias pensamentos que nos provam que estamos certos.
Surge então uma sensação de "como eu estou certo" e como o outro está errado. O sentimento é desagradável, uma raiva, irritação, inquietação. Mas tem um efeito de fazer o ego se sentir temporariamente superior a outra pessoa que está "errada" na nossa concepção. E pensamos então como a outra pessoa é cega por não ver como vemos, ou que é aproveitadora e egoísta mesmo...
É por isso que julgamos e criticamos tanto. Isto nos faz sentir que somos melhores. Esse processo não ocorre de forma tão nítida e consciente. Quando vemos, já estamos julgando. Os pensamento surgem involuntariamente. Consigo perceber em mim diariamente, inúmeros pensamentos que criticam, julgam, acusam. Tudo acontece muito rápido. É a minha ilusão inconsciente em achar que preciso ser superior. E o caminho mais fácil que o ego encontra é o de diminuir outras pessoas para criar essa ilusão.
Mas depois que entendemos esse mecanismo, podemos ficar mais atentos aos pensamentos e não nos deixar enganar tanto pelas armadilhas do ego e sua necessidade de se sentir superior. A medida que observamos, o impulso de julgar vai diminuindo. Mas enquanto ainda houver ego, ele vai existir.
Outro dia comecei a pensar e tentei encontrar algum tipo de trabalho que não seja "de ajuda". Todos os serviços prestados servem para ajudar o ser humano de alguma forma: se alimentar, crescer intelectualmente, se vestir e ficar agasalhado e protegido, melhorar a autoestima, melhorar a saúde fisica e etc... Alguns trabalhos podem ser mais superfluos, mas tem vários outros que servem para suprir necessidades vitais humanos.
E para que tudo seja feito, e de forma bem feita, é preciso haver remuneração. Quando nós não pagamos e recebemos algo, alguém está pagando por nós: o governo, os voluntários, a sociedade, ou alguém da nossa família.
Uma vez atendi um terapeuta que tinha sérios problemas financeiros. Ele havia sido funcionário público, e quando se aposentou começou a trabalhar como terapeuta holístico. Tinha sérias dificuldades em cobrar. Muitas vezes nem conseguia. E quando conseguia, cobrava valores muito baixos. Para resumir, o resultado é que foi se desfazendo do patrimônio que construiu para manter seu trabalho de terapeuta, até que chegou em ponto que não tinha mais de onde tirar.
Durante a sessão de atendimento, descobrimos e limpamos várias crenças religiosas que estavam contribuindo para o problema. Mas surgiu uma lembrança intensa, que chamou bastante atenção. Ele lembrou de sua mãe dizendo algo como "os médicos ganham dinheiro com o sofrimento dos outros". Essa lembrança trouxe uma carga emocional e muito choro. Era a culpa inconsciente que carregava esse tempo todo. Ele percebeu nesse momento que ele se sentia um explorador por ser terapeuta e "precisar" do sofrimento dos outros para ganhar dinheiro, e por já ter ganho dessa forma.
Ao dissolver essa emoção, que filtrava e distorcia a realidade, seu pensamento mudou completamente e passou a ser o seguinte "eu ganho dinheiro ao ajudar as pessoas a se libertar do sofrimento". A mesma profissão, a mesma pessoa, mas uma mudança completa de percepção. No dia seguinte ele me mandou um email falando que já conseguiu cobrar um preço justo pela sessão de atendimento. Fiquei muito feliz em ouvir o retorno.
E para quem deseja uma experiência profunda presencialmente com a EFT, ministrarei cursos de EFT nas seguintes cidades:
Curso básico (final de semana):
Rio de Janeiro: http://www.eftbr.com. br/curso-presencial.asp?i=73
Veja também o Minicurso no Rio:http://www.eftbr.com.br/curso- presencial.asp?i=64
Abraços,
Andre Lima - www.eftbr.com.
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