Cabe na palma da mão a arma que vai superproteger as unidades microscópicas do seu organismo. Em segundos, ao mastigar uma única castanha-do-pará, você recarregará os níveis de um mineral extremamente importante para uma vida longa e saudável: o Selênio. A pequena oleaginosa repõe a quantidade do nutriente necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação natural daquelas incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.
Um estudo da Universidade de otago, na Nova Zelândia, atesta que a ingestão diária de duas castanhas-do-pará recentemente rebatizadas castanhas-do-Brasil eleva em 65% o tor de selênio no sangue. As castanhas produzidas no Norte e no Nordeste do país são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia, atestam os nutricionistas. E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso: 200 a 400 microgramas do bendito selênio.
E por que toda essa fama do selênio? Segundo especialista, o mineral é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres. O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes. Na ausência dele, as tais enzimas ficam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais, enfraquecendo as defesas do organismo.
O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. É justamente por isso, que já existem pesquisas sobre os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer.
A tireoide também funciona melhor na presença do selênio. Isso porque, se não houver esse elemento, ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado á capacidade de o organismo se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais pesados que se alojam nas células.
Porém, nutricionistas advertem que o selênio deve ser apreciado com moderação ao recomendarem uma castanha por dia. Esse consumo ideal e comedido é que faz todas essas enzimas que dependem do nutriente trabalharem de forma adequada, pois em excesso, o selênio não vai potencializar sua ação de toxicidade que ocorre quando o consumo ultrapassa de 800 microgramas por dia. Isso não significa que abuar das deliciosas castanhas em um happy hour com amigos traga grandes ameaças. De vez em quando, dá até para superar a quantidade recomendada. O perigo é comer essas oleaginosas, além da conta, todo santo dia. Quem experimentar ataques sucessivos de gula poderá sentir dor de cabeça, ficar com as unhas fracas e ver seus cabelos caírem.
Não corre o mesmo risco quem comer, vez ou outra, algum prato que leve a castanha na receita até porque, seja doce ou salgado, dificilmente uma porção reunirá tantas unidades assim. E saiba: nem o fogão nem a geladeira conseguem detonar as reservas de selênio. No dia-a-dia, porém, nada melhor do que a praticidade de botar na mochila, no bolso ou na bolsa a sua estrela solitária.
É saúde na medida certa!
(texto extraído da revista Leve & Leia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário