A minha prima Catarina faleceu no dia 31 de outubro. Recebi o telefonema no dia seguinte que seria o de seu sepultamento. Como a minha mãe não estava bem (oscilações na taxa de glicemia), acabei não podendo ir.
Eu tive mais contato com ela quando éramos crianças (ela é 4 anos mais nova do que eu) e eu me lembro que era muito tagarela. Um dia eu a fui buscar de ônibus para passar alguns dias em casa e me lembro que ela não parava de falar e era muito esperta e inteligente. Era a filha mais nova de meu tio Tetsuya, irmão de minha mãe.
Ela se casou, teve 3 filhos que já estão crescidos. Em uma das últimas vezes que a vi ela me disse que poderia partir tranquila porque os filhos já estavam criados.
Ela faleceu em consequência de uma anomalia chamada moyamoya.
A doença cerebrovascular oclusiva crônica (moyamoya) acomete as artérias do sistema nervoso central (SNC) provocando tromboses, isquemias transitórias de repetição e hemorragias intraparenquimatosas; acomete com maior frequência pessoas de origem japonesa, mas tem distribuição universal, iniciando-se em idade pré-escolar. Há obstrução das artérias carótidas internas por defeito na camada íntima que, com o tempo, provoca neoformações vasculares de fino calibre e pouco eficientes; estes novos vasos apresentam na angiografia cerebral um padrão diagnóstico típico descrito na literatura como “fumaça”(aspecto nebuloso, moyamoya).
Eis alguns vídeos que explicam essa doença.
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