Daqui a um pouco mais de uma hora será 2 de julho e poderei festejar mais um aniversário.
Hoje senti uma saudade especial pelo período vivido na Itália e por isso decidi contar porque aquela viagem há 22 anos teria acontecido de qualquer jeito reforçando o princípio de que semelhante atrai semelhante e a força de pensamento é poderosa.
Tudo começou no início do ano de 1989. Folheando uma revista Bell'Italia na casa de uma colega do curso de tradução me deparei com uma reportagem e reconheci a foto de uma igreja, mas não me lembrava de onde. Como geralmente acontece, enquanto não consigo me lembrar não fico sossegada. Busquei no meio das revistas e finalmente achei a edição de uma Capricho de 1975 e eis que a mesma igreja estava em uma fotonovela, ambientada em Porto Venere (Liguria).
Em fevereiro eu tinha começado a dar aulas de italiano em duas escolas que abrigavam o CELEM (Centro de Estudos de Línguas Estrangeiras Modernas), uma na Mooca e outra em Cotia. O Circolo Toscano estava organizando uma excursão para mandar jovens brasileiros "oriundi" para passar um mês na Itália no mês de julho e os responsáveis decidiram chamar um professor de italiano que trabalhasse em um dos CELEM (atualmente se chama somente CEL) para viajar com o grupo como acompanhante com "vitto e alloggio" grátis, incluindo a passagem de avião. No início não acreditei, mas o meu nome tinha sido escolhido 2 meses antes da viagem. Foi uma correria para organizar tudo porque nem passaporte eu tinha.
Partimos de São Paulo no dia 1º de julho e por volta das 10h00 do dia 2 estávamos chegando no aeroporto de Milão. Foi sem dúvida o melhor presente de aniversário que poderia receber.
Passeamos por 4 regiões: Emilia Romagna, Abruzzo, Lombardia e Lazio. Como a passagem era aberta tinha marcado a minha volta para o dia 14 de agosto, ou seja, iria ficar 10 dias a mais do que a turma da excursão. Passaria os outros dias na companhia da Regina, uma das excursionistas e de seu primo Claudio que achou simplesmente terrível eu perder o Ferragosto no dia 15 e por isso ele me acompanhou ao aeroporto e explicou à atendente e conseguimos mudar a data para o dia 18. Para provar que nada foi ao acaso, cheguei à Itália no primeiro Palio de Siena e estive presente no segundo que foi no dia 16 de agosto.
Já tinha contado o episódio da igreja de Porto Venere para a Regina, mas o contei também para o Claudio que decidiu me levar para conhecer pessoalmente a cidade. É mesmo um encanto e não resisti à vontade de tirar uma foto tendo a famosa igreja como fundo.
Foi ou não foi uma série de fatos que contribuíram para que eu viajasse mesmo para a Itália?
Uma mesma série de acontecimentos contribuiu para que eu voltasse para lá em 2000. Mas isso é assunto para uma outra postagem.
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