segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Basílica de Aparecida - Ernani Fagundes


Cerca de 25 milhões de tijolos foram usados na obra

Em outubro de 1717, três pescadores em uma canoa nas margens do rio Paraíba, no interior de São Paulo, tentavam achar peixes, lançando suas redes, quando viram um imagem de madeira sem a parte de cima. Em seguida, Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso encontraram ali uma cabeça, que, unida ao corpo, deu forma à imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, então padroeira de Portugal e de seus domínios além-mar. O achado foi seguido de uma pesca abundante - logo entendida como um milagre. A novidade se espalhou e a imagem começou a atrair peregrinos. Até 1732, a veneração era feita na casa dos próprios pescadores. Depois, passou para uma capelinha do porto Itaguaçu. Em 1745, ano em que recebeu de um padre o título de Nossa Senhora Aparecida, a capela foi transferida para o morro dos Coqueiros, onde foi construída, entre 1859 e 1888, uma matriz em estilo barroco, chamada hoje de Basílica Velha.

Como os milagres atribuídos à imagem e a peregrinação de fiéis só cresciam, uma Basílica Nova foi erguida a cerca de 3 km de onde foi achada a imagem. A estrutura principal, com 25 milhões de tijolos e área equivalente a quase três campos do Maracanã, foi empreendida entre 1952 e 1980. O projeto, em linha neorromânica, foi desenvolvido pelo engenheiro italiano Júlio Fabro e pelo arquiteto brasileiro Benedito Calixto de Jesus Neto. Hoje, quase 10 milhões de devotos visitam a cidade de Aparecida todos os anos.



(texto publicado na revista Aventuras na História nº 87 - outubro de 2010)



Chamada da novela "A padroeira" (2001)





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