Não é de hoje que um dos maiores problemas do mundo moderno é o acúmulo de lixo. E daí a discussão a respeito do uso dos sacos plásticos fornecidos pelos estabelecimentos comerciais que demoram séculos para se desintegrarem e a preocupação com o meio ambiente.
A cidade de Nápoles tem saído muito nos noticiários por causa do acúmulo de lixo nas ruas. Por outro lado, há a indústria do lixo. Pessoas vivem da reciclagem e apesar do risco para a saúde, é do lixo que muitos tiram o sustento.
A cidade de Nápoles tem saído muito nos noticiários por causa do acúmulo de lixo nas ruas. Por outro lado, há a indústria do lixo. Pessoas vivem da reciclagem e apesar do risco para a saúde, é do lixo que muitos tiram o sustento.
Mas e a quantidade de coisas que acumulamos dentro de casa ? Esse assunto me veio em mente, mais uma vez ao observar a "mania" que a minha mãe tem que guardar tudo. Até há pouco tempo tinha certeza que isso acontecia por ela ter vivido as consequências da segunda guerra mundial. E sempre impliquei com ela por guardar potes de vidro e de plástico, garrafas, sacos de papel e de plástico (que ela divide por tamanho), barbantes, fechos de metal, sem falar nas roupas e sapatos. Na verdade o que me incomoda não é tanto o acúmulo, mas a bagunça. Não é que eu seja um modelo de organização, mas não largo sapatos e roupas na cozinha e nem deixo caixas vazias de remédios, de biscoitos e de sucos encima da mesa.
Ainda bem que com o processo de autoconhecimento que me abriu e continua abrindo os olhos, estou conseguindo "negociar" e na medida do possível estamos vivendo pacificamente com as diferenças.
A reflexão do dia é que o tipo de coisas que acumulamos e a parte da casa em que as colocamos mostra a nossa preocupação que, na maioria das vezes, é inconsciente.
Quando acumulamos potes, garrafas, caixas e sacos plásticos imaginando que poderemos precisar deles "um dia", é porque sentimos insegurança em relação ao futuro. É preciso entender que tal comportamento vai contra a lei da prosperidade, pois estaremos declarando ao universo que não confiamos nele.
Se os objetos forem roupas, sapatos, bolsas e bijuterias, é porque estamos ligados a um passado que não queremos esquecer e do qual é difícil nos desapegar. Quando olhamos para uma roupa dois números menores do que a que usamos atualmente, sentimos saudades de quando éramos mais jovens, mais magros e como gostaríamos de voltar a ser como antes. Uma outra questão é quando compramos aquele vestido lindo mas com manequim menor ao nosso porque acabamos de iniciar uma dieta e temos absoluta certeza que após alguns meses conseguiremos entrar nele.
Por exemplo, uma parte dos sapatos de minha mãe está em caixas, uma outra dentro de um cofre desativado e o resto dentro de uma fruteira que virou sapateiro. Não é preciso refletir muito para perceber que ela não está "caminhando". E isso ocorre literalmente porque há meses não consegue fazer a sua caminhada diária por causa de uma forte dor na perna esquerda. O "remédio" está sendo sessões de acupuntura e de fisioterapia, mas todos nós sabemos que a cura tem que partir dela, não dos médicos.
Se guardamos todas as fotos, bilhetinhos, ingressos de shows, cinema e cartinhas de namorados, inclusive as dos ex, ocorre a mesma coisa que com o vestuário: estamos ligados ao passado e hoje nos sentimos desanimados e desmotivados. E a nossa energia permanece lá e não no presente que é o lugar onde deveríamos sempre estar 100% do tempo. É a tendência saudosista de dizer: "naquele tempo as coisas eram melhores do que hoje em dia". Frase que "mea culpa" já repeti várias vezes. E devo confessar que ainda guardo as cartinhas de meu primeiro namorado. Quando conseguir me desapegar, vou jogá-las fora porque já se passaram anos, aliás, décadas que elas foram escritas.
Uma das coisas que promovem ainda mais esse acúmulo são as promoções do tipo leve 3 e pague 2. Com produtos alimentícios geralmente isso não ocorre, mas uma vez comprei 3 pentes antiestáticos em promoção e por enquanto 2 ainda estão na embalagem. Se fossem escovas de dente já teriam sido usados com certeza. A propaganda com o método "martelamento visual e mental" nos incentiva a comprar produtos dos quais geralmente não precisamos e muito menos mais de um exemplar.
E quando viajamos para um outro país, no meu caso para a Itália, pela primeira vez? Eu acreditava que adquiria certas coisas para ilustrar melhor as aulas, mas com o advento da Internet a maioria delas não tem mais serventia mesmo. Não tenho problema em vender livros, trocar roupas e a maioria dos artigos que não servem mais, mas quando se trata da Itália ainda é muito difícil me liberar de certas coisas, mas na medida do possível tenho passado para a frente ou então jogado mesmo fora papéis que não fazem mais sentido manter. Ainda bem que não tive a ideia de trazer réplicas de monumentos italianos que iriam provocar um ônus extra pelo excesso de peso.
Uma das coisas que promovem ainda mais esse acúmulo são as promoções do tipo leve 3 e pague 2. Com produtos alimentícios geralmente isso não ocorre, mas uma vez comprei 3 pentes antiestáticos em promoção e por enquanto 2 ainda estão na embalagem. Se fossem escovas de dente já teriam sido usados com certeza. A propaganda com o método "martelamento visual e mental" nos incentiva a comprar produtos dos quais geralmente não precisamos e muito menos mais de um exemplar.
E quando viajamos para um outro país, no meu caso para a Itália, pela primeira vez? Eu acreditava que adquiria certas coisas para ilustrar melhor as aulas, mas com o advento da Internet a maioria delas não tem mais serventia mesmo. Não tenho problema em vender livros, trocar roupas e a maioria dos artigos que não servem mais, mas quando se trata da Itália ainda é muito difícil me liberar de certas coisas, mas na medida do possível tenho passado para a frente ou então jogado mesmo fora papéis que não fazem mais sentido manter. Ainda bem que não tive a ideia de trazer réplicas de monumentos italianos que iriam provocar um ônus extra pelo excesso de peso.
Geralmente o hábito de acumular está intimamente ligado com a desorganização que pode simplesmente provocar um caos em casa e em nossa mente.
Quando deixamos livros e cadernos em desordem, é melhor nos perguntar como está o nosso relacionamento com os estudos.
Se é o nosso guarda-roupa e as gavetas que estão na maior confusão, é porque a nossa vida social está estagnada. E se a gaveta for a de peças íntimas, como será que anda a nossa vida sexual ? Ela está sendo desenvolvida com alegria?
Uma outra questão importante: o acúmulo de coisas significa energia parada e para que possamos nos renovar é preciso que nos livremos de tudo o que não serve mais. Principalmente dos objetos quebrados, com defeitos ou estragados. O mundo externo sem dúvida reflete o que sentimos dentro. Os acumuladores de objetos acumulam muita coisa dentro de si também.
Uma frase que o João disse há alguns dias me fez refletir também. Quando conversávamos sobre a minha intenção de arrumar e limpar os armários da cozinha, ele me falou da tendência que temos de reservar os melhores talheres, copos e pratos para as visitas. E a mesma coisa acontece com as roupas de cama e mesa. Por que guardar por anos a fio aquela colcha maravilhosa ou então aquele jogo de talheres e não usá-los para dar prazer a nós mesmos?
Pode ser que a tal visita nunca apareça e ficaremos eternamente "Esperando Godot". Não é justo com a nossa alma, não é mesmo ?
Bom domingo a todos!
Uma frase que o João disse há alguns dias me fez refletir também. Quando conversávamos sobre a minha intenção de arrumar e limpar os armários da cozinha, ele me falou da tendência que temos de reservar os melhores talheres, copos e pratos para as visitas. E a mesma coisa acontece com as roupas de cama e mesa. Por que guardar por anos a fio aquela colcha maravilhosa ou então aquele jogo de talheres e não usá-los para dar prazer a nós mesmos?
Pode ser que a tal visita nunca apareça e ficaremos eternamente "Esperando Godot". Não é justo com a nossa alma, não é mesmo ?
Bom domingo a todos!
ruimmmmmmmm de maaaaaaiiiiiiissssssssss/bom pra cidade!!!!!!!!!!
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