segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Acredite se quiser: conheça a origem dos amuletos que são utilizados há séculos - Fred Linardi


Joaninha

Ela não é apenas um rostinho bonito, mas um inseto capaz de devorar rapidamente pragas de plantações infestadas. Na Idade Média, ela já era personagem do imaginário infantil em músicas folclóricas. Em alguns lugares da Europa, a crença cristã também acrescenta virtudes ao besourinho, dizendo que seus pontos pretos representam as setes dores da Virgem Maria.


Elefante

Um dos animais mais adorados na mitologia indiana, o elefante está ligado aos deuses Shiva, Parvati e Ganesha - este com corpo de homem e cabeça de elefante e que, dizem, traz sorte. O animal passou a ter popularidade no século 19, após a colonização da Índia pelo Reino Unido. A partir de 1930, ficou conhecido nos EUA, onde passou a ser posicionado de costas para a porta.


Pé de coelho

A tradição teria tido início entre celtas, em rituais de iniciação de jovens caçadores, que ganhavam a pata do coelho caçado e morto por eles mesmos. O objeto era para dar sorte nas próximas perseguições. Séculos depois, a crença se estendeu entre afro-americanos, que defendem que, para "funcionar", a pata deve ser a traseira esquerda de um coelho morto com um tiro.


Ferradura

O objeto já tinha boa fama na Grécia antiga, que ligava a prata à prosperidade. No século 10, a crença ganhou força com a lenda de São Dunstan, que teria sido visitado pelo diabo, atrás de ajuda para ferrar as patas do seu cavalo. O santo acabou ferrando o próprio diabo, que só se livrou após prometer não importunar casas que tivessem ferraduras na porta.


Maneki Neko

Uma das possíveis origens data do século 17, quando uma gata do templo Goutokuji, no Japão, após ouvir as lamúrias do monge sobre as condições financeiras do local, acenou para um samurai que se protegia de uma tempestade debaixo de uma árvore, destruída por um raio logo depois de ele sair. Em gratidão por tê-lo  salvado a vida, ele doou muito dinheiro ao templo, que hoje tem uma estátua do animal.



Trevo de quatro folhas

É considerado um símbolo da sorte pela dificuldade de ser achado. Além disso, o número quatro é representativo na cultura dos druidas, os primeiros a sair em busca desses amuletos naturais. O número quatro representa as estações do ano, as fases da Lua, os quatros elementos e os pontos cardeais.


Figa

Os primeiros registros vêm da Grécia e da Roma antigas, onde a figa era usada por mulheres e crianças. Ela também foi adotada como amuleto sexual em cultos à fertilidade e à fecundidade, ilustrando um pênis dentro de uma vagina. Algumas culturas a entendem ainda como uma proteção, caso da interpretação feita por negros vindos para o Brasil.


Contra o olho gordo - para proteger do mau olhado

- Olho grego

De origem turca, foi levado à Grécia e à África. Diz-se que um homem invejoso chamado Nazar quebrou uma pedra no mar só com o olhar. A cor azul do amuleto seria, então, para refletir o mal.

- Pimenta

- O ardume é uma característica positiva em culturas indianas e africanas. E o vermelho serviria para dispersar a atenção do invejoso no momento em que ele entra na casa de alguém.

- A mão da deusa

Conhecido como hamsa entre os árabes e hamesh entre os hebreus, o amuleto tem sua origem ligada aos fenícios, para quem o objeto simbolizava a mão de Tanit, deusa guardiã de Cartago.

- Moeda chinesa

Do século 7 a. C., as moedas furadas eram gravadas com ideogramas simbólicos, que serviam para proteger contra energias negativas e epidemias.

- Espada de São Jorge

Tem sua origem na umbanda. A planta, que lembra uma espada, atrairia a proteção de Ogum, que, no sincretismo religioso brasileiro, é equivalente a São Jorge.



(texto publicado na revista Aventuras na História nº 87 - outubro de 2010)











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