Com o lançamento do filme e os direitos em domínio público, vendas do clássico infanto-juvenil "O Pequeno Príncipe" disparam
Mais do que ser capaz de agradar a leitores de todas as idades, o verdadeiro clássico possui o dom de unir gerações, nacionalidades, culturas e credos. E é difícil encontrar na história da literatura uma obra que tenha tocado tantos corações quanto "O Pequeno Príncipe". Escrito pelo francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944) e publicado em 1943, é considerado um dos livros mais traduzidos do mundo, disponível em 250 idiomas.
Com o lançamento em agosto do filme inspirado na história, a obra, que já teve mais de 145 milhões de exemplares comercializados ao redor do planeta, disparou em vendas também aqui, no Brasil.
A marca, no entanto, contou com um impulso histórico considerável: em 1º de janeiro deste ano, "O Pequeno Príncipe" caiu em domínio público. Ou seja, pode ser publicado por qualquer editora sem o pagamento dos direitos autorais. Pelas leis brasileiras, as obras ficam protegidas por 70 anos após a morte do autor. Segundo pesquisa da empresa Nielsen BookScan, no primeiro semestre deste ano, 58 edições do livro, nacionais ou estrangeiras, foram comercializadas nas livrarias do Brasil (contra 37 em 2014).
Agora, diversas outras são lançadas: uma edição especial da Cia. das Letras (R$ 34,90, 176 páginas), com aquarelas do próprio Saint-Exupéry, outra atualizada da Autêntica (R$ 19.,90 , 96 páginas) e a para colorir, da Casa da Palavra (R$ 24,90, 96 páginas).
Talvez nenhuma tenha tradução tão boa quanto a de Ferreira Gullar, de 2014, para a Agir. Mas todas tentam passar aos brasileiros o teor de um livro aparentemente infantil, que reserva reflexões extremamente poéticas e filosóficas.
(texto publicado na Revista da Hora de 13 de setembro de 2015)
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