Produção de leite orgânico já conta até com florais para os animais. A reversão do processo convencional para o orgânico leva 2 anos. Grande desafio do Paraná é expandir a comercialização do leite orgânico.
O Centro Paranaense de Referência em Agroecologia funciona como um imenso lavoratório, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. A produção de leite orgânico começou há 4 anos. Os especialistas acreditam que o grande desafio, hoje, no estado é expandir a comercialização.
Mas para que o leite retirado das vacas seja 100% orgânico os veterinários e agrônomos precisam ficar atentos à forma como os animais vivem na propriedade. Os cuidados vão desde a alimentação até o combate e prevenção de doenças. A comida do rebanho é pasto e milho, cultivados sem o uso de agrotóxico ou adubos químicos. Os especialistas revelam que o segredo da produção orgãnica é buscar equilíbrio com o meio ambiente. Galinhas soltas no pasto, por exemplo, servem para controlar insetos, larvas de carrapatos e parasitas. Outra técnica também indicada é usar plantas como medicamentos.
Ana Simoone Richter trabalha com a produção de remédio alternativo. E já tem até florais usados para lidar com as 'emoções' dos aniamis. "Uma vaca que vai desmamar o seu bezerro sofre o estresse com essa perda. E o bezerro vai sofrer o mesmo sentimento. E existem plantas que você pode trabalhar para equilibrar esse sentimento e o animal melhorar a sua condição. Por exemplo, o ingá é uma planta fantástica para este uso", explica.
Com a cadeia de produção certificada, o interesse na atividade pode aumentar. A reversão do processo convencional para o orgânico leva 2 anos. Investimento que, segundo o presidente da Associação dos Consumidores de Produtos Orgânicos, tem retorno garantido. "A gente vê cada vez mais crescimento de consumo do leite orgânico para uma vida mais saudável", fala Ivo Melão, da Associação.
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