São Paulo é a cidade com o maior número de japoneses fora do Japão. O bairro da Liberdade é o grande símbolo desta imigração, recheado de lojas, restaurantes, cultura, arte e costumes orientais. O Jardim Bonfiglioli também concentra grande parte dessa colônia, o que explica a crescente oferta de produtos e serviços orientais no bairro.
Segundo a Administração Regional do Butantã residem na região cerca de 428 mil pessoas e, estimasse que 30 mil descendam de japoneses.
Essa concentração pode ter origem em 1915, quando os primeiros imigrantes se instalaram em Ibiúna e cidades vizinhas, como fez Tuijiro Suzuki, um dos pioneiros, que escolheu Cotia para iniciar uma plantação de batatas. A produção era trazida em carroças puxadas por bois e comercializada no Largo da Batata, em Pinheiros. A viagem era longa e o Butantã servia como ponto de parada e descanso.
Nesta época, toda a região do Butantã era rural e as terras eram arrendadas aos imigrantes. Onde hoje é a Raia Olímpica de Remo, na USP, o relevo de baixada e as terras pretas favoreciam o plantio de batatas.
Os preços pagos pela produção eram baixos, dificultando a vida dos agricultores. Diante disso, 83 produtores se uniram, para em 1927, fundar a Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC).
A CAC se fortaleceu, desenvolvimento uma indústria e comércio de insumos agrícolas, tornando-se um ícone da coletividade nipo-brasileira. A localização da sede colaborou em muito para que muitos "japoneses" escolhessem o Butantã como local de residência pela proximidade aos centros de trabalho e produção.
(texto publicado na revista Viva! Bonfiglioli nº 08)
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